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Costa pede acordo para o OE 2022 mas rejeita entendimento "a qualquer preço"
Primeiro-ministro referiu que, por mais desejável que seja um acordo para viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano, "não pode ser a qualquer preço". António Costa volta a reunir-se este sábado com o Bloco de Esquerda e PCP.
O primeiro-ministro, António Costa, reiterou esta sexta-feira que está focado em chegar a um entendimento com os partidos à esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). O líder do Executivo socialista sublinhou, no entanto, que, por mais desejável que seja esse acordo, "não pode ser a qualquer preço".
António Costa argumentou que o país não pode "pôr em causa a credibilidade internacional que recuperou" nem a "sustentabilidade da segurança social" e que, por isso, há limites para as cedências que o Governo pode fazer os partidos com quem tem negociado o OE2022, para acautelar o futuro do país.
"Foi assim que virámos a página da austeridade sem que o diabo tivesse aparecido, foi assim que, depois de 17 anos sem convergir com a UE, o país voltou a convergir, foi assim que resistimos a esta pandemia em 2020 e 2021", declarou.
O primeiro-ministro vai reunir-se este sábado com o PCP e o Bloco de Esquerda, que se têm mostrado reticentes quanto à viabilização do OE2022, e mantém-se otimista quanto à possibilidade de o OE2022 vir a ser aprovado na generalidade. Trata-se, segundo António Costa, de uma questão de "racionalidade".
"Depois da crise que tivemos, criar agora uma crise política? Eu não vejo que haja a menor racionalidade. Acho que ninguém compreende. Se fizerem uma sondagem aos portugueses a perguntar se alguém deseja uma crise política, se alguém compreende que haja hoje uma crise política, a resposta que toda a gente dirá é não", afirmou.
António Costa reiterou que a proposta que o Governo apresentou no Parlamento é "boa" e que, até ao momento, "ninguém levantou propriamente uma crítica global ao orçamento". "O que os partidos colocaram em cima da mesa são temas que não têm uma incidência orçamental direta e que tiveram resposta no Conselho de Ministros", com a aprovação de alterações à legislação laboral, ao SNS e ao estatuto dos profissionais da Cultura, frisou.
"Nós vamos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para obter um acordo. Agora, um acordo não se obtém a qualquer preço, porque o preço não é pago do meu bolso, é pago pelo bolso do conjunto dos portugueses, da atual geração, das novas gerações e do futuro do país", referiu o líder do Governo, após a reunião do Conselho de Ministros.
"Foi assim que virámos a página da austeridade sem que o diabo tivesse aparecido, foi assim que, depois de 17 anos sem convergir com a UE, o país voltou a convergir, foi assim que resistimos a esta pandemia em 2020 e 2021", declarou.
O primeiro-ministro vai reunir-se este sábado com o PCP e o Bloco de Esquerda, que se têm mostrado reticentes quanto à viabilização do OE2022, e mantém-se otimista quanto à possibilidade de o OE2022 vir a ser aprovado na generalidade. Trata-se, segundo António Costa, de uma questão de "racionalidade".
"Depois da crise que tivemos, criar agora uma crise política? Eu não vejo que haja a menor racionalidade. Acho que ninguém compreende. Se fizerem uma sondagem aos portugueses a perguntar se alguém deseja uma crise política, se alguém compreende que haja hoje uma crise política, a resposta que toda a gente dirá é não", afirmou.
António Costa reiterou que a proposta que o Governo apresentou no Parlamento é "boa" e que, até ao momento, "ninguém levantou propriamente uma crítica global ao orçamento". "O que os partidos colocaram em cima da mesa são temas que não têm uma incidência orçamental direta e que tiveram resposta no Conselho de Ministros", com a aprovação de alterações à legislação laboral, ao SNS e ao estatuto dos profissionais da Cultura, frisou.