Notícia
Convite a ditador sudanês foi para "apoiar a paz"
O Governo queniano, que nos últimos dias tem sofrido uma enérgica censura da comunidade internacional por ter convidado o presidente do Sudão para a assinatura do novo referendo, justificou a sua decisão com o facto de estar a empenhado na paz da região.
* A jornalista viajou a convite da EDP
Na deslocação que fez ontem ao campo de refugiados de Kakuma, o ministro do Trabalho do país fez um parêntesis no seu discurso sobre o projecto de responsabilidade social da EDP para se justificar perante os jornalistas, António Guterres e os trabalhadores das Nações Unidas: "Aceitámos cá Omar al-Bashir porque estamos empenhados em apoiar a solução de paz no Sul do Sudão", fez questão de sublinhar.
Presidente do Sudão desde que em 1989 tomou o poder através de um sangrento golpe de Estado, Al-Bashir tem um mandato de captura lançado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) que o acusa de ter dirigido o genocídio na região do Darfur. O presidente do Quénia, Mwai Kibaki, resolveu desafiar estas ordens, e, no dia da assinatura formal da nova Constituição (um momento de festa no país por prometer trazer consigo mais democracia e reforço dos direitos cívicos) apresentou al-Bashir na comitiva de convidados.
O escândalo internacional foi noticiado durante vários dias na imprensa queniana e levou a justificações públicas como a que hoje teve lugar.
Depois de vários anos de uma guerra civil que opôs o Norte do país (islâmico) ao Sul (maioritariamente católico e com petróleo), o Governo sudanês assinou um acordo de paz com os rebeldes em 2005. Com ele veio o plano de realização de um referendo, em 2011, sobre a eventual separação das duas regiões. A pacificação no Sul levou ao retorno de muitos refugiados que estavam em Kakuma, mas há receios de que os resultados do referendo possam reacender a guerra.
António Guterres dedicou algumas palavras ao referendo, pedindo para que não haja interferências externas que ponham em perigo o referendo e a reconciliação entre o Norte e o Sul.
Na deslocação que fez ontem ao campo de refugiados de Kakuma, o ministro do Trabalho do país fez um parêntesis no seu discurso sobre o projecto de responsabilidade social da EDP para se justificar perante os jornalistas, António Guterres e os trabalhadores das Nações Unidas: "Aceitámos cá Omar al-Bashir porque estamos empenhados em apoiar a solução de paz no Sul do Sudão", fez questão de sublinhar.
O escândalo internacional foi noticiado durante vários dias na imprensa queniana e levou a justificações públicas como a que hoje teve lugar.
Depois de vários anos de uma guerra civil que opôs o Norte do país (islâmico) ao Sul (maioritariamente católico e com petróleo), o Governo sudanês assinou um acordo de paz com os rebeldes em 2005. Com ele veio o plano de realização de um referendo, em 2011, sobre a eventual separação das duas regiões. A pacificação no Sul levou ao retorno de muitos refugiados que estavam em Kakuma, mas há receios de que os resultados do referendo possam reacender a guerra.
António Guterres dedicou algumas palavras ao referendo, pedindo para que não haja interferências externas que ponham em perigo o referendo e a reconciliação entre o Norte e o Sul.