Os gastos dos consumidores privados nos Estados Unidos (EUA) aumentaram 2,9% em Outubro, contrariando a quebra registada no mês anterior, impulsionados pelo segmento dos bens duradouros, anunciou hoje o Governo norte-americano.

No mês anterior, o consumo privado na maior economia mundial havia registado um decréscimo mensal de 1,7%, reflectindo os efeitos dos ataques terroristas de 11 de Setembro.

A subida do consumo privado registada em Outubro superou as previsões dos analistas, que anteviam um acréscimo mensal na ordem dos 2,3% para este indicador.

O consumo de bens duradouros cresceu 13,8% face a Setembro, com as vendas de automóveis a aumentarem a um ritmo anual de 21,3 milhões de unidades, o mais elevado de sempre, beneficiando da descida dos juros.

Os rendimentos dos consumidores norte-americanos permaneceram inalterados em Outubro, face a Setembro, e aumentaram 3,4% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, apresentando o menor acréscimo homólogo desde 1994.

O aumento das vendas combinado com a estagnação dos rendimentos levou a taxa de poupança dos norte-americanos a cair para os 0,2%, o nível mais baixo de sempre, com este valor a comparar com os 4,6% registados em Setembro.

Desde o início deste ano, a Reserva Federal (FED) norte-americana já baixou a sua taxa directora num total de 450 pontos base para os 2%, na tentativa de suster a confiança dos consumidores e impulsionar o consumo.

O consumo privado representa cerca de dois terços do produto interno bruto (PIB) norte-americano. No terceiro trimestre deste ano, o PIB dos EUA recuou 1,1%, apresentando a maior queda dos últimos dez anos.