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CIP diz que confinamento geral e recolher obrigatório "ameaçam asfixiar as empresas"
Num comunicado enviado às redações enquanto decorre uma reunião de concertação social, a Confederação Empresarial (CIP) diz que o lockdown e o recolher obrigatório “ameaçam asfixiar as empresas”.
O Governo, que está agora reunido com os parceiros sociais, será pressionado pela Confederação Empresarial (CIP) a não adotar medidas de confinamento geral ou o recolher obrigatório. Num comunicado enviado às redações, a CIP considera que medidas como estas "ameaçam asfixiar as empresas".
"A CIP apela ao Governo para que aplique apenas medidas cirúrgicas e nunca, em caso algum, limitações e constrangimentos gerais, genéricos e de duração imprevisível que afetam, num só golpe e de forma imediata, a confiança das pessoas e das empresas na economia", lê-se no comunicado.
"Asfixiar as empresas com um contexto fortemente limitativo da sua atividade causará mais desemprego e mais falências, muitas delas irrecuperáveis ou de efeitos duradouros", argumenta a CIP.
Considerando que a paralisação do país durante a primeira fase da pandemia "seguiu um padrão excessivo" embora comum em toda a Europa, que gerou "desemprego e falências para milhares de trabalhadores e empresas", a CIP acrescenta que oito meses depois "Portugal já começou a sofrer o segundo choque económico e financeiro". "Nesta segunda fase da pandemia, os efeitos serão ainda mais graves".
Sublinhando que "devem ser feitos os melhores esforços para garantir a proteção e o tratamento de todos os cidadãos, "seja através dos sistemas de saúde público, privado ou social", a CIP acrescenta que "é imperioso que o Governo não asfixie as empresas com a imposição excessiva de medidas".
O Governo e os parceiros sociais estão reunidos esta manhã, através de videochamada, numa concertação social virtual.
Na reunião, que também foi convocada para discutir a evolução da pandemia, deverão ser debatidas as medidas de confinamento que o Governo aprovará no Conselho de Ministros extraordinário convocado para amanhã, sábado.
Notícia atualizada às 12:29