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Chávez decreta três feriados para Venezuela poupar energia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decretou ontem que segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa vão ser dias feriados, uma medida que tem o propósito de diminuir o consumo de energia eléctrica nacional.

25 de Março de 2010 às 11:40
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decretou ontem que segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa vão ser dias feriados, uma medida que tem o propósito de diminuir o consumo de energia eléctrica nacional.

"Já que vem a Semana Santa, decretamos dias feriados segunda, terça e quarta-feira, não por preguiça, mas para que a gente poupe eletricidade", disse num encontro com medalhistas venezuelanos que participaram nos IX Jogos Sul-americanos Medellín 2010.

Com os novos feriados, os venezuelanos vão descansar toda a Semana Santa, prevendo-se que regressem ao trabalho a partir de 5 de Abril.

Alguns portugueses contactados pela agência Lusa mostraram-se confundidos com a medida, estimando que terá um impacto negativo no comércio, na banca, pelo fecho contabilístico do trimestre, e também no pagamento de impostos, que previam realizar até 31 de março.

Por outro lado, o presidente da Federação de Câmaras de Comércio, Noel Álvarez, expressou que o setor empresarial está preocupado com a medida porque afectará "a produção nacional, num país que vem registando um decrescimento do consumo e do PIB".

Segundo aquele responsável trata-se de uma "medida populista", tomada "sem ter em conta que há actividades produtivas de jornadas contínuas que são muito difíceis de suspender, nem os custos que tem para as empresas e para o povo em geral".

A descida, por falta de chuva, do nível das águas do Rio Caroní, no Estado venezuelano de Bolívar (sudeste de Caracas), está a afectar as barragens hidroelétricas da Venezuela, principalmente a de El Guri, responsável pela produção de 72% da energia eléctrica consumida no país.

Segundo vários analistas, os problemas agravam-se pela falta de manutenção de turbinas, de investimentos atempados e de criação de fontes alternativas de energia, podendo o sistema entrar em colapso a partir do mês de Maio de 2010.

A 4 de Novembro último, o governo venezuelano declarou uma situação de emergência e promulgou vários decretos orientados para reduzir até 30% o consumo de eletricidade no país, dando prioridade a alguns investimentos.

As autoridades iniciaram a instalação de geradores termoelétricos em várias localidades e também o bombardeamento de nuvens para produzir chuva e avançaram com um programa de substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas ou economizadoras.

A situação levou a que, em algumas regiões, o abastecimento de água e de eletricidade seja suspenso até nove horas por dia.

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