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Centeno não vê moeda única funcionar sem Fundo Comum de Depósitos
O ministro português das Finanças e líder do Eurogrupo defende que a União Económica e Monetária não pode funcionar correctamente sem a adopção de um Fundo Comum de Depósitos bancários.
Durante a iniciativa da Comissão Europeia realizada no ISEG, em Lisboa, a propósito do ciclo de debates com os cidadãos europeus, desta feita centrado na União Económica e Monetária, o também presidente do Eurogrupo afirmou não conseguir pensar "na moeda única sem um Fundo Comum de Depósitos".
Numa conferência co-organizada pelo Negócios que conta também com a participação do vice-presidente da Comissão Europeia com tutela do euro, Valdis Dombrovskis, Centeno defendeu que "a Europa não é uma realidade distante", pelo que deve interessar a todos.
Apesar de considerar que "o euro saiu mais forte da crise", Mário Centeno defende que tal não é razão suficiente para não prosseguir políticas de aprofundamento da integração no bloco da moeda única.
Considerando que "países como Portugal" fizeram o que tinham a fazer ao "corrigir os seus desequilíbrios", o governante luso sustentou que "há algumas coisas que ainda precisamos fazer".
Entre as medias mais "urgentes", Centeno destaca a importância de avançar na redução e partilha do risco por parte dos países-membros do euro.