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CDS: Mérito do crescimento económico é das empresas e dos trabalhadores
O CDS-PP considera que os dados que apontam para um crescimento da economia portuguesa em 1,1% têm de ser encarados com esperança e com prudência, salientando que o mérito é das empresas, dos empresários e dos trabalhadores.
"Naturalmente é uma boa notícia. Ao fim de quase mil dias de recessão, Portugal tem um trimestre de crescimento bastante relevante acima de 1%. Agora, naturalmente, esta notícia deve ser vista com esperança, mas também com prudência", disse à agência Lusa o porta-voz do CDS-PP João Almeida.
De acordo com os dados do INE, o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 1,1% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior, interrompendo um movimento de queda que dura desde os últimos três meses de 2010, mas continua a cair em termos homólogos.
De acordo com o vice-presidente da bancada parlamentar do CDS-PP, o valor é muito relevante e mostra que Portugal cresceu acima da média da Zona Euro, muito acima de países como a França e a Alemanha.
"Superou também as expectativas que apontavam para um crescimento de 0,6% e verificou-se
uma subida de quase o dobro, mas temos de ser prudentes pois se olharmos para os dados do ano passado estes ainda são negativos", sublinhou.
João Almeida salientou também que o CDS entende que o mérito deste "crescimento" é de todas as empresas, dos empresários e dos trabalhadores que "conseguiram criar esta dinâmica" na economia portuguesa.
"Terão contribuído também as reformas estruturais e a diplomacia económica, medidas que ajudaram as empresas a conseguir este resultado, mas o mérito é essencialmente dos portugueses e das empresas portuguesas", afirmou o dirigente centrista.
Apesar dos dados apontarem para um crescimento da economia, João Almeida alertou para a necessidade de olhar para a sustentabilidade futura.
"O que este valor indica é que não há uma evidência de espiral recessiva, mas também não é o início de uma recuperação sustentada. É preciso dar sustentabilidade, olhar com realismo para estes dados, ver o que há de positivo e negativo e ver o que se pode fazer para dar sustentabilidade futura a uma inversão como esta", disse.