Notícia
CDS vai solicitar acesso a relatório integral e reunir-se com Xavier Viegas
Os centristas vão solicitar o acesso à integralidade do relatório independente encomendado pelo Governo à equipa chefiada pelo perito Xavier Viegas. A Comissão Nacional de Protecção de Dados impediu o acesos público ao sexto capítulo do relatório.
28 de Novembro de 2017 às 16:28
O CDS-PP vai solicitar na quarta-feira à comissão de Assuntos Constitucionais diligências junto do Governo para saber "em que termos" o Parlamento terá acesso ao relatório sobre os incêndios do investigador Xavier Viegas, com quem reúnem na próxima semana.
"Existem já contactos entre nós e a associação de familiares das vítimas, reforçando a ideia de que os familiares das vítimas, na sua esmagadora maioria, entendem que esta matéria deve ser divulgada e conhecida", afirmou hoje o deputado e dirigente do CDS Telmo Correia, citado pela Lusa.
Ao Negócios, Telmo Correia explicou que apesar de o CDS querer a divulgação pública não rejeitará o acesso dos membros da comissão parlamentar sob a condição de sigilo. Numa primeira instância, a decisão sobre o acesso dos deputados ao capítulo do relatório cujo acesso foi vetado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) caberá ao Governo.
O que para o deputado centrista não é aceitável é o argumento apresentado pela CNPD, que considerou de "duvidoso" o interesse público da divulgação do ponto em que são analisados os acidentes que envolveram pessoas. Telmo Correia considera "óbvio" o interesse público desde logo porque é "importante saber o que aconteceu".
Na reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias de quarta-feira, os centristas vão assim apresentar um requerimento "solicitando diligência da primeira comissão junto do Governo para saber em que termos os deputados terão acesso".
Na terça-feira da próxima semana, uma delegação do CDS liderada pela presidente do partido, Assunção Cristas, vai reunir-se com o professor Xavier Viegas, revelou também Telmo Correia aos jornalistas, no Parlamento.
O investigador Xavier Viegas entende "que nada justifica a decisão de censurar" um capítulo do relatório e que "tudo fará" para que as histórias das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis sejam conhecidas.
Xavier Viegas, que coordenou uma equipa do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra na elaboração de um relatório sobre os fogos de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e Góis, distrito de Coimbra, reage assim num artigo de opinião hoje publicado no jornal Público ao veto da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) à publicação integral do capítulo sexto do documento.
"Obviamente que a posição que foi hoje tornada pública do professor Xavier Viegas, a consideração do próprio de que podemos estar perante censura, reforça e de que maneira aquilo que aqui dissemos na semana passada", defendeu Telmo Correia.
O CDS argumenta ainda que a divulgação do relatório aos deputados é necessária para o esclarecimento de dúvidas sobre se "há ou não correspondência entre este relatório e o relatório da comissão técnica independente e se há ou não contradição entre este relatório e o que nos foi dito pelas autoridades".
"Apareceram algumas possibilidades de existência dessas contradições. Eu não posso dizer que há uma contradição porque não tenho conhecimento detalhado desta mesma matéria, mas a dúvida não pode ficar na opinião pública", sustentou Telmo Correia.
O governo divulgou na sexta-feira passada alguns pontos do capítulo 6 do relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande, que fazem uma análise detalhada a casos de sobrevivência, a vítimas mortais encontradas e a problemas nas comunicações.
Os pontos em causa no relatório analisam várias situações, entre as quais casos de sobrevivência por as pessoas terem permanecido em casa ou em tanques de água, alguns feridos que foram socorridos, as pessoas que foram encontradas já sem vida, mas salvaguardam a identidade dos envolvidos, bem como alguns dos locais onde ocorreram as situações.
Dias antes do anúncio do veto pela CNPD, Xavier Viegas já tinha defendido que o relatório entregue ao Governo fosse divulgado na totalidade.
Em 17 de Junho e durante vários dias, fogos florestais devastaram extensas áreas, sobretudo em Pedrógão Grande, provocando 65 vítimas mortais e mais de 200 feridos, além de elevados prejuízos materiais.
"Existem já contactos entre nós e a associação de familiares das vítimas, reforçando a ideia de que os familiares das vítimas, na sua esmagadora maioria, entendem que esta matéria deve ser divulgada e conhecida", afirmou hoje o deputado e dirigente do CDS Telmo Correia, citado pela Lusa.
O que para o deputado centrista não é aceitável é o argumento apresentado pela CNPD, que considerou de "duvidoso" o interesse público da divulgação do ponto em que são analisados os acidentes que envolveram pessoas. Telmo Correia considera "óbvio" o interesse público desde logo porque é "importante saber o que aconteceu".
Na reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias de quarta-feira, os centristas vão assim apresentar um requerimento "solicitando diligência da primeira comissão junto do Governo para saber em que termos os deputados terão acesso".
Na terça-feira da próxima semana, uma delegação do CDS liderada pela presidente do partido, Assunção Cristas, vai reunir-se com o professor Xavier Viegas, revelou também Telmo Correia aos jornalistas, no Parlamento.
O investigador Xavier Viegas entende "que nada justifica a decisão de censurar" um capítulo do relatório e que "tudo fará" para que as histórias das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis sejam conhecidas.
Xavier Viegas, que coordenou uma equipa do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra na elaboração de um relatório sobre os fogos de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e Góis, distrito de Coimbra, reage assim num artigo de opinião hoje publicado no jornal Público ao veto da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) à publicação integral do capítulo sexto do documento.
"Obviamente que a posição que foi hoje tornada pública do professor Xavier Viegas, a consideração do próprio de que podemos estar perante censura, reforça e de que maneira aquilo que aqui dissemos na semana passada", defendeu Telmo Correia.
O CDS argumenta ainda que a divulgação do relatório aos deputados é necessária para o esclarecimento de dúvidas sobre se "há ou não correspondência entre este relatório e o relatório da comissão técnica independente e se há ou não contradição entre este relatório e o que nos foi dito pelas autoridades".
"Apareceram algumas possibilidades de existência dessas contradições. Eu não posso dizer que há uma contradição porque não tenho conhecimento detalhado desta mesma matéria, mas a dúvida não pode ficar na opinião pública", sustentou Telmo Correia.
O governo divulgou na sexta-feira passada alguns pontos do capítulo 6 do relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande, que fazem uma análise detalhada a casos de sobrevivência, a vítimas mortais encontradas e a problemas nas comunicações.
Os pontos em causa no relatório analisam várias situações, entre as quais casos de sobrevivência por as pessoas terem permanecido em casa ou em tanques de água, alguns feridos que foram socorridos, as pessoas que foram encontradas já sem vida, mas salvaguardam a identidade dos envolvidos, bem como alguns dos locais onde ocorreram as situações.
Dias antes do anúncio do veto pela CNPD, Xavier Viegas já tinha defendido que o relatório entregue ao Governo fosse divulgado na totalidade.
Em 17 de Junho e durante vários dias, fogos florestais devastaram extensas áreas, sobretudo em Pedrógão Grande, provocando 65 vítimas mortais e mais de 200 feridos, além de elevados prejuízos materiais.