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David Cameron alerta para os riscos de uma nova crise global

O primeiro-ministro britânico considera que as sirenes relativas à economia global foram accionadas. Depois de admitir que a recuperação da economia britânica poderá estar em risco, David Cameron avisou que "a Zona Euro está à beira de uma possível terceira recessão".

Bloomberg
17 de Novembro de 2014 às 13:19
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O chefe do Executivo do Reino Unido, David Cameron, considera que o mundo está perante elevados riscos de passar por uma segunda crise global, após ter irrompido a crise financeira originada pela falência do Lehman Brothers.

 

Numa mensagem escrita este domingo, já depois de finalizada a cimeira do G20 que reuniu os líderes das maiores economias mundiais na Austrália e publicada no Guardian, o primeiro-ministro inglês afirmou que "as luzes vermelhas estão a piscar no quadro da economia global", tal como aconteceu há cerca de seis anos.

 

Depois de uma cimeira em que o crescimento económico assumiu um papel

A Zona Euro está à beira de uma possível terceira recessão, com elevado desemprego, crescimento em queda e um risco real de queda dos preços.
 
David Cameron
Primeiro-ministro britânico

preponderante, numa altura em que a economia global passa por uma fase de claro arrefecimento, o líder britânico mostrou-se apreensivo face à conjuntura britânica e da Zona Euro.

 

Cameron admitiu que subsiste "uma perigosa instabilidade e incerteza" que se apresenta como um risco para a recuperação da economia britânica, para o que está a contribuir o impacto do abrandamento das economias do euro que acaba por penalizar as exportações e a produção industrial do Reino Unido.

 

Segundo dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat, o Reino Unido detinha, entre Janeiro e Agosto deste ano, o maior défice da balança comercial entre os 28 Estados-membros da união.

 

"A Zona Euro está à beira de uma possível terceira recessão, com elevado desemprego, crescimento em queda e um risco real de queda dos preços", advertiu o líder dos conservadores que também lamentou a perda de fôlego dos países emergentes enquanto potenciadores da recuperação económica.

 

"As economias emergentes, que eram as dinamizadoras do crescimento na fase inicial pós-crise financeira, estão agora a abrandar", apontou o político inglês que enunciou ainda o ébola, o conflito no Médio Oriente e as acções ilegais da Rússia na Ucrânia como factores indutores "de instabilidade e incerteza".

 

A cimeira, que terminou este domingo, sinalizou como objectivos para o futuro, potenciar o crescimento económico e garantir maior transparência fiscal. Até 2018, os membros do G20 estimam agora alcançar um crescimento adicional dos seus produtos de 2,1%, ligeiramente acima da meta de 2% até aqui considerada.

 

Para conseguir concretizar este crescimento adicional, o G20 pretende aumentar o investimento em infra-estruturas e conseguir a entrada de cerca de 100 milhões de mulheres no mercado de trabalho.

 

Cameron mostrou-se mesmo um dos principais defensores da introdução de regras que aumentem a transparência e também a justiça fiscais. "Quanto maior certeza tivermos de que as grandes empresas pagam de forma devida os seus impostos, menos teremos que taxar os trabalhadores que assim poderão manter o seu dinheiro para gastar como entenderem", sustentou Cameron na conferência de imprensa que serviu para colocar um ponto final na cimeira de Brisbane.

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