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Câmara de Sintra cancelou contrato com a Moody’s
A Câmara Municipal de Sintra cancelou o contrato de prestação de serviços com a agência de notação financeira Moody´s, de acordo com uma carta a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo o documento enviado à Moody´s, a 8 de Novembro, o presidente da Câmara, Basílio Horta (PS), refere que face às recentes eleições autárquicas houve uma alteração de executivo municipal, que se traduziu, igualmente, numa mudança de prioridades.
Desta forma, Basílio Horta (na foto) pôs fim a uma relação iniciada no mandato do social-democrata Fernando Seara, em 2004, e que custou ao município cerca de 221 mil euros.
O novo presidente da Câmara de Sintra comunicou à agência de notação o cancelamento do contrato com o município precisamente quatro dias antes de a agência de notação financeira ter melhorado as perspectivas dos ratings de Sintra (Ba3), Açores (B1) e Madeira (B3) de negativa para estável.
A 12 de Novembro, a agência justificou esta mudança com "as estreitas ligações institucionais e financeiras com o Governo central". No caso de Sintra, é particularizada a situação de as transferências que recebe do poder central implicarem a dependência da sua credibilidade do 'rating' da República.
A agência de notação financeira Moody's elaborava para a Câmara de Sintra relatórios para a classificação do risco de crédito, através da análise das contas, dos fluxos de caixa e de projecção estatística. Fazia também a análise de dados qualitativos.
Fonte do município justifica a decisão com o facto de o novo executivo socialista ter dado início a um programa de cortes e poupanças que actualmente ronda o meio milhão de euros e que, parte desta verba, será para a criação de um fundo de emergência social.