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Câmara de Lisboa pede 70 milhões ao BEI para reabilitação urbana

A Câmara de Lisboa está a negociar com o Banco Europeu de Investimento (BEI) um empréstimo que ronda os 70 milhões de euros para reabilitação urbana, revelou o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

28 de Maio de 2008 às 11:26
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A Câmara de Lisboa está a negociar com o Banco Europeu de Investimento (BEI) um empréstimo que ronda os 70 milhões de euros para reabilitação urbana, revelou o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

O autarca, que falava na noite de terça-feira num debate promovido no Teatro São Luís sobre o despovoamento da cidade de Lisboa, adiantou que o montante será para aplicar na área da habitação, dos fogos devolutos, escolas, espaços públicos e equipamentos culturais.

"Este é uma aposta forte e a prioridade das prioridades são as escolas, por causa da má qualidade do parque público escolar", adiantou Manuel Salgado.

O vereador e arquitecto disse ainda que a cidade terá uma política de habitação própria, onde a grande aposta será o arrendamento e a construção a custos controlados, à semelhança das propostas dos técnicos que estão a elaborar a nível nacional o Plano Estratégico de Habitação.

Sobre as apostas fortes da autarquia ao nível das políticas de habitação o responsável da pasta do Urbanismo da capital apontou ainda a vontade da autarquia em fixar uma quota para alojamentos a custos controlados para arrendamento nas construções privadas.

"Espero que ainda neste mandato estas apostas comecem a dar resultados", afirmou. Manuel Salgado apontou ainda a intenção da autarquia em negociar parcerias com empresas de construção e defendeu ainda a necessidade de retomar os contratos de desenvolvimento para habitação, que antigamente regulavam a construção de casas para arrendamento com rendas limitadas.

Destacou a importância das parcerias público/privadas na reabilitação da cidade, que tem 60.000 edifícios, 4.600 dos quais devolutos. Metade destes, segundo Salgado, aguarda licenciamento da autarquia para reconstrução.

O vereador defendeu ainda uma nova política camarária com "mais eficiência, rapidez e qualidade de licenciamento" em relação a quem constrói .

"É insuportável estar três, quatro e cinco anos para licenciar uma obra", afirmou. Salgado criticou ainda os atrasos nas grandes empreitadas de reabilitação do património municipal lançadas no anterior mandato pela autarquia na Rua de S. Bento, no Bairro Alto e na Mouraria. "As obras estão paradas e isto acontece por incompetência de quem as lançou", afirmou

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