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Bruxelas quer exames regulares à saúde dos bancos

Submeter com regularidade os bancos europeus a testes de resistência e divulgar os seus resultados é uma prática saudável que favorece a transparência e a confiança, argumenta o comissário europeu dos Assuntos Económicos.

24 de Agosto de 2010 às 09:41
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Em entrevista à Bloomberg, Olli Rehn defende pela primeira vez que a União Europeia deve estabelecer uma “espécie de intervalo” de tempo para repetir os “stress tests” aos seus bancos e divulgar os respectivos resultados.

“É um assunto sobre o qual tenho de falar com os ministros (europeus) das Finanças”, disse. O comissário sublinhou que os testes para avaliar a resistência dos bancos a desenvolvimentos adversos são um “instrumento muito útil para reforçar a transparência e a confiança com base numa análise profunda e sólida”.

Os testes concluídos em Julho foram realizados no rescaldo da crise financeira e no auge da da dívida soberana para tentar desfazer os receios de que os bancos dos países da periferia do euro, designadamente portugueses e espanhóis, estariam à beira do colapso. A divulgação pública dos seus resultados – que traduziu a principal novidade do exercício – foi, aliás, exigida por Espanha.

Os testes envolveram 91 bancos de 20 Estados-membros da União, representativos de 65% do sector financeiro europeu, e procuraram avaliar o seu grau de solidez perante uma nova recessão ou uma descida acentuada do valor das obrigações públicas.

Sete bancos chumbaram no exame: o alemão Hypo Real Estate, as caixas espanholas Espiga, Diada, Cívica, Cajasur e Unimm, e o banco grego ATEBank

Os quatro bancos portugueses envolvidos – BCP, BES, CGD e o BPI – passaram. As quatro instituições apresentaram rácios de capital superiores a 6% e não vão precisar de fazer reforços de capital, assegurou então Carlos Costa, governador do Banco de Portugal.

Os testes foram conduzidos pelo Comité de Supervisores Bancários Europeu, sedeado em Londres, mas muitas foram as vozes que se levantaram contra a sua falta de meios e de autoridade, reclamando a aprovação rápida da nova Autoridade Bancária Europeia (ABE).

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