A Comissão Europeia propôs hoje, em Bruxelas, reduções importantes nas possibilidades de pesca dos pescadores europeus em 2007 com diminuições que vão até aos 30% para certas espécies capturadas nos mares portugueses.

O documento que o executivo comunitário coloca agora à consideração dos ministros das Pescas dos 25 prevê reduções nas costas do Continente, Açores e Madeira de 10,08% nas capturas permitidas de Lagostim, 10% de Pescada, 15% de Carapau (20% nos Açores e Madeira), 14,99% de Tamboril, 20,06% de Badejo, 13,48% de Areeiro, 15% de Arinca, 30,01% de Maruca, 20,14% de Juliana e 13,12% de Sarda.

O executivo comunitário defende que a recuperação das existências ("stocks") de várias espécies justifica as propostas feitas no sentido da redução dos Totais Admissíveis de Pesca (TAC) nos mares da UE.

No caso de outras espécies importantes para os pescadores portugueses, Bruxelas pretende manter inalterado o TAC de Biqueirão e Linguado.

Quanto ao Carapau, a espécie sujeita a limites impostos pela UE que é ainda economicamente a mais importante para os pescadores portugueses, Bruxelas propõe uma redução de 15% na costa de Portugal Continental, de 20% nos mares da Madeira e Açores.

No que diz respeito aos mares da UE em geral, a Comissão Europeia propõe um corte de 25%, em média, nas possibilidades de pesca de bacalhau, uma espécie muito consumida em Portugal.

A proposta da Comissão Europeia tomou em consideração os pareceres científicos do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) e do Comité Cientifico, Técnico e Económico para as Pescas(CSTEP).

Uma decisão final sobre os Totais Admissíveis de Captura ("TAC") para cada espécie e a "quota" para cada Estados-membros deverá ser tomada na reunião dos ministros das Pescas dos 25 que se reúne de 19 a 21 de Dezembro, em Bruxelas.