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Boris Johnson anuncia demissão: "Foi clara a vontade do partido"

O governante continuará em funções até que seja encontrado um novo líder, processo que se iniciará de imediato. 

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07 de Julho de 2022 às 12:40
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Boris Johnson anunciou esta quinta-feira a sua demissão do cargo de primeiro-ministro. "Foi clara a vontade do Partido Conservador de que deverá haver um novo líder desse partido e, portanto, um novo primeiro-ministro", revelou o líder britânico numa declaração ao país. A decisão já foi comunicada à Rainha Isabel II. 

O governante confirmou ainda que continuará em funções até que seja encontrado um novo primeiro-ministro, processo que, garantiu, "deve começar agora". "Ainda hoje irei nomear um governo para estar em funções comigo até ao novo líder ser nomeado", acrescentou Johnson, deixando uma mensagem de agradecimento aos eleitores que em 2019 - ano em que foi eleito - votaram no Partido Conservador. 

"Quero dizer aos milhões de pessoas que votaram em nós em 2019, muitos dos quais votaram no Partido Conservador pela primeira vez, muito obrigado pelo mandato que nos deram. A razão pela qual tenho lutado nos últimos dias para continuar a cumprir esse mandato pessoalmente não é apenas porque queria fazê-lo, mas por considerar que era o meu dever", salientou.

O governante destacou os feitos do Executivo britânico enquanto esteve na liderança, sublinhando sobretudo a resposta do país à pandemia de covid-19, com a criação da primeira vacina aprovada contra a doença na Europa, e à guerra na Ucrânia. "Nos últimos meses liderámos o Ocidente no processo de fazer frente a Putin", salientou, reiterando que está convicto de que esse apoio ao povo ucraniano irá manter-se. 

"Nos últimos dias tentei convencer os meus colegas de que seria excêntrico mudar agora de primeiro-ministro, quando estávamos a alcançar tão bons resultados", continuou, lamentando não ter sido bem sucedido nessa tarefa. O líder demissionário assume deixar o cargo, que classificou como "o melhor do mundo", com tristeza. "Na política ninguém é indispensável para sempre", acrescentou.  

Sobre o novo líder, Boris Johnson afirmou que será, certamente, igualmente "empenhado em levar o país para a frente" e deixou a garantia de que dará todo o apoio que conseguir. 

A vaga de demissões no Governo britânico começou terça-feira na sequência de um escândalo sexual que envolve Chris Pincher, número dois da bancada parlamentar conservadora, e que levou a nova crise política no Reino Unido, ainda o país não estava totalmente refeito do escândalo anterior das festas durante os períodos de confinamento.

Desde terça-feira que várias dezenas de ministros e outros políticos de relevância do partido abandonaram os seus cargos, com a sangria a manter-se esta manhã. Nadhim Zahaw - o recém-apontado ministro das Finanças, que veio substituir Rishi Sunak, um dos primeiros a sair - acabou inclusive por apelar à demissão de Johnson, no Twitter, afirmando que a situação "não é sustentável e só vai piorar".


Notícia atualizada às 13h13
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