Notícia
Bloco diz que protestos pela habitação pressionam Governo, PCP fala em "drama social"
Os lideres dos dois partidos marcaram presença na manifestação em Lisboa pelo direito à habitação.
30 de Setembro de 2023 às 18:00
O Bloco de Esquerda (BE) defendeu neste sábado que as manifestações são uma forma de pressionar o Governo de maioria absoluta do PS a resolver problemas como o da habitação, e o PCP criticou a falta de respostas para este "drama social".
Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, no protesto pelo direito à habitação e pela justiça climática que decorre esta tarde, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, criticou a maioria parlamentar do PS por chumbar "todas as medidas que podem ter um efeito prático no direito à habitação" e por se "juntar à direita que defende a especulação".
"Só que em maioria absoluta há uma única forma de pressionar o Governo a aprovar leis e a resolver um problema: pessoas na rua, é a mobilização popular e social que vai pressionar o Governo. É por isso que esta manifestação é tão importante" sublinhou.
A bloquista considerou que estava perante "uma multidão que se junta para dizer o óbvio: que o direito à habitação, que a necessidade de ter uma casa, uma casa que um salário possa pagar é muito mais importante e vale muito mais do que a especulação, do que o negócio, do que o lucro fácil".
"E até agora a verdade é que esse negócio tem mandado nos destinos do país", lamentou.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, também esteve presente no protesto e criticou as medidas do Governo para o setor da habitação, que classificou como "insuficientes, tardias, limitadas".
"Estamos perante um drama social, de uma grande dimensão, um problema que afeta milhares e milhares de pessoas, que todos os dias se vão privando das suas necessidades mais básicas para fazerem tudo para aguentar aquilo que é o seu maior bem, que é o seu lar, a sua casa, a sua habitação", alertou.
Raimundo avisou que "há pessoas que já não aguentam mais as rendas, o brutal aumento das prestações" e defendeu que este é um problema "que é preciso enfrentar de frente, com medidas concretas".
O líder comunista criticou ainda os lucros da banca: "O escândalo que é, quando estamos todos apertados, apertadíssimos, a banca consegue acumular 11 milhões de euros de lucros por dia, nem vale a pena fazer mais comentários".
Questionado sobre o facto de três deputados do Chega terem sido, ao início da manifestação, escoltados pela PSP para fora do local, após protestos dos participantes, Paulo Raimundo não quis "alimentar" o tema, dizendo apenas: "Se as pessoas vieram cá com um propósito, infelizmente conseguiram-no e está feito".
Já a líder bloquista Mariana Mortágua considerou "natural" a reação dos manifestantes presentes.
"Parece-me só natural que um partido de extrema-direita que defende a especulação imobiliária e o negócio imobiliário não seja bem recebido numa manifestação pelo direito à habitação", disse.
Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, no protesto pelo direito à habitação e pela justiça climática que decorre esta tarde, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, criticou a maioria parlamentar do PS por chumbar "todas as medidas que podem ter um efeito prático no direito à habitação" e por se "juntar à direita que defende a especulação".
A bloquista considerou que estava perante "uma multidão que se junta para dizer o óbvio: que o direito à habitação, que a necessidade de ter uma casa, uma casa que um salário possa pagar é muito mais importante e vale muito mais do que a especulação, do que o negócio, do que o lucro fácil".
"E até agora a verdade é que esse negócio tem mandado nos destinos do país", lamentou.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, também esteve presente no protesto e criticou as medidas do Governo para o setor da habitação, que classificou como "insuficientes, tardias, limitadas".
"Estamos perante um drama social, de uma grande dimensão, um problema que afeta milhares e milhares de pessoas, que todos os dias se vão privando das suas necessidades mais básicas para fazerem tudo para aguentar aquilo que é o seu maior bem, que é o seu lar, a sua casa, a sua habitação", alertou.
Raimundo avisou que "há pessoas que já não aguentam mais as rendas, o brutal aumento das prestações" e defendeu que este é um problema "que é preciso enfrentar de frente, com medidas concretas".
O líder comunista criticou ainda os lucros da banca: "O escândalo que é, quando estamos todos apertados, apertadíssimos, a banca consegue acumular 11 milhões de euros de lucros por dia, nem vale a pena fazer mais comentários".
Questionado sobre o facto de três deputados do Chega terem sido, ao início da manifestação, escoltados pela PSP para fora do local, após protestos dos participantes, Paulo Raimundo não quis "alimentar" o tema, dizendo apenas: "Se as pessoas vieram cá com um propósito, infelizmente conseguiram-no e está feito".
Já a líder bloquista Mariana Mortágua considerou "natural" a reação dos manifestantes presentes.
"Parece-me só natural que um partido de extrema-direita que defende a especulação imobiliária e o negócio imobiliário não seja bem recebido numa manifestação pelo direito à habitação", disse.