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Biden: números da inflação de novembro não refletirão queda recente de alguns preços

O presidente dos Estados Unidos quis tranquilizar os norte-americanos, tendo afirmado que os dados da inflação de novembro, que serão revelados nesta sexta-feira, não refletirão o atual estado dos preços, que passa por alguns cortes, nomeadamente no custo da energia.

EPA
09 de Dezembro de 2021 às 23:48
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Os Estados Unidos divulgam nesta sexta-feira os dados da inflação de novembro, que se estima que tenha aumentado 6,8% face ao mesmo mês do ano passado. Em outubro, recorde-se, acelerou 6,2% – naquela que foi a maior subida desde novembro de 1990.

 

A este propósito, o presidente norte-americano, Joe Biden, procurou hoje tranquilizar o país, dizendo que as subidas nos preços ao consumidor estão de certa forma a atenuar-se, já que os dados da inflação que amanhã serão divulgados não refletirão a recente queda de alguns preços – incluindo dos custos da energia.

 

Ou seja, preparou o país para números elevados, mas ressalvando que a situação atual está melhor.

 

"A informação que vai ser divulgada amanhã não reflete a realidade atual e não reflete a esperada queda dos preços para as próximas semanas e meses, como por exemplo no mercado automóvel", declarou o chefe da Casa Branca em comunicado citado pela Reuters.

 

No passado dia 30 de novembro, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que era altura de retirar o termo ‘transitório’ quando se fala de inflação, uma vez que a subida dos preços tem sido persistente nos últimos meses.

 

Já as atas da última reunião do banco central dos EUA, divulgadas a 24 de novembro, referiam que alguns responsáveis da Fed tinham considerado apropriado debater uma aceleração no ritmo de retirada gradual dos estímulos à economia (o chamado "tapering") na próxima reunião da Reserva Federal, a 14 e 15 de dezembro.

 

Os membros da Fed disseram, segundo essas atas, que anteviam que as significativas pressões inflacionistas durassem mais do que pensavam, mas continuaram a antecipar que a taxa de inflação possa descer de forma substancial durante o ano de 2022, à medida que os desequilíbrios entre a oferta e a procura forem diminuindo.

 

Se a inflação teimar em não baixar, a Fed poderá ter mesmo de acelerar o ‘tapering’ e até dar início mais cedo do que se espera à subida dos juros diretores.

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