O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter hoje a sua principal taxa de juro inalterada nos 4,25%, apesar de os ataques terroristas aos Estados Unidos terem aumentado os receios de um abrandamento económico mundial.

De acordo com Wim Duisenberg, presidente do BCE, um cortedas taxas de juro neste momento, «seria interpretado mais como uma reacção de pânico, do que de estabilidade».

A autoridade monetária da Zona Euro realizou desde o início do ano dois cortes na sua principal taxa de juro, num total de 50 pontos base para os actuais 4,25%, com o objectivo de estimular a economia europeia.

Segundo analistas, o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro deverá ter crescido 0,1% no segundo trimestre do ano, abaixo dos 0,5% registados nos primeiros seis meses de 2001.

Contudo, diversos analistas prevêem que o BCE reduza a taxa de juro, até 11 de Outubro, em pelo menos 25 pontos base.

Os bancos centrais dos Estados Unidos (EUA), Europa e Japão injectaram ontem um total de 120 mil milhões de dólares (132 mil milhões de euros ou 26,46 mil milhões de contos) no mercado monetário, com o objectivo de garantir a liquidez nos mercados, depois dos ataques terroristas que abalaram os EUA.

De acordo com alguns analistas, a Reserva Federal (FED) norte-americana poderá reduzir a sua principal taxa de juro, que situa actualmente nos 3,5%, antes da sua próxima reunião.

O BCE vai anunciar a sua decisão sobre as taxas de juro da Zona Euro após a sua reunião de hoje, às 12h45 nacionais.