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BCE deixa taxa directora inalterada nos 3,25%

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua principal taxa de juro inalterada nos 3,25%, devendo aguardar pela confirmação da retoma da economia europeia antes de efectuar alterações no preço do dinheiro.

07 de Março de 2002 às 12:45
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O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua principal taxa de juro inalterada nos 3,25%, devendo aguardar pela confirmação da retoma da economia europeia antes de efectuar alterações no preço do dinheiro.

A decisão da instituição liderada por Wim Duisenberg foi de encontro às previsões dos analistas e surgiu depois de hoje o Banco de Inglaterra ter decidido também manter a sua taxa de juro de referência nos 4%, o valor mais baixo em 38 anos.

O BCE já deixou a entender que poderá ter terminado o ciclo que descidas das taxas de juro iniciado no ano passado, que levou o preço do dinheiro na Zona Euro a baixar num total de 150 pontos base.

O presidente da autoridade monetária europeia afirmou recentemente que os actuais níveis dos juros são «adequados» para garantir a estabilidade da inflação no médio prazo.

Wim Duisenberg alertou também para a necessidade de existir moderação nos aumentos salariais referentes a este ano, sob pena do BCE vir a subir o nível da sua taxa directora, para conter as pressões inflacionistas.

A inflação da Zona Euro abrandou em Fevereiro para os 2,5%, aproximando-se da meta de 2% traçada pelo BCE. No entanto, esta desaceleração surgiu depois da inflação de Janeiro ter sido revista em alta para os 2,7%, acima dos 2,5% inicialmente previstos.

O BCE acredita que até final do primeiro semestre deste ano, a inflação na Zona Euro vai estabilizar em torno dos 2%, para depois apresentar valores inferiores na segunda metade do ano, fazendo com que a média anual se situe abaixo do tecto máximo de 2%.

Os analistas acreditam que a recuperação económica da Zona Euro irá levar o BCE a aumentar o preço do dinheiro no médio prazo, embora as opiniões se dividam sobre se os juros poderão ainda voltar a descer, até aos cerca de 3%.

No último trimestre do ano passado, tanto a economia alemã como a francesa, as duas maiores da Zona Euro, apresentaram contracções, afectadas pela queda do consumo e pelo aumento do desemprego, em função do abrandamento económico.

A Comissão Europeia estima que nos primeiros três meses deste ano, o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro cresça até 0,4%, para depois acelerar durante o resto de 2002.

Nos períodos de expansão da economia, o crescimento do consumo pode provocar o incremento das pressões inflacionistas. O BCE está mandatado para controlar a inflação, pelo que poderá optar por aumentar os juros quando surgirem sinais que confirmem a retoma da economia europeia.

A subida dos juros ajuda a conter a inflação ao condicionar os montantes gastos pelos consumidores e empresas, que têm de suportar mais custos para acederem a financiamentos.

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