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BCE sobe taxas de juro em 50 pontos base em março e avalia novas subidas

De acordo com as atas da reunião de 2 de fevereiro, publicadas esta quinta-feira, o Conselho do Banco Central Europeu apoiou amplamente a subida de 50 pontos base decidida nessa reunião.

Reuters
02 de Março de 2023 às 15:16
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O Banco Central Europeu (BCE) vai subir, em março, as suas taxas de juro em 50 pontos base e avaliará o ritmo de futuras subidas, com o objetivo de travar a inflação.

Segundo as atas da reunião de 2 de fevereiro, publicadas hoje, o Conselho do BCE apoiou amplamente a subida de 50 pontos base decidida nessa reunião. O Conselho também considerou que era necessário comunicar em fevereiro a intenção de aumentar de novo as taxas em 50 pontos na reunião de março e avaliar depois o ritmo a que continuarão os aumentos.

O BCE pretende que as taxas de juro "entrem em território restritivo" para atenuar a atividade económica e travar a inflação.

Em entrevista divulgada esta quinta-feira, a presidente do BCE, Christine Lagarde, declarou igualmente que os aumentos das taxas de juro para conter a inflação podem continuar depois da subida prevista para a próxima reunião.

Lagarde não avançou qual será a dimensão de possíveis aumentos a adotar depois da reunião de 16 de março e considerou que "é impossível dizer" até onde as taxas devem aumentar, explicando que as decisões são tomadas "em função dos dados" disponíveis nas próximas reuniões.

Desde julho de 2022, as taxas de BCE registaram sucessivas subidas e a principal taxa diretora está atualmente em 3%, numa altura em que a inflação ultrapassa largamente os 2% a médio prazo fixados como meta pela instituição.

A taxa de inflação na zona euro recuou em fevereiro para 8,5%, quando em janeiro estava em 8,6%, indicou hoje o Eurostat, mas a descida foi menos acentuada do que o previsto, devido aos preços elevados dos produtos alimentares.

Os mercados antecipam que o BCE aumente a sua taxa de depósitos, que serve de referência, para 4%, quando o nível atual é de 2,5%.

Lagarde limitou-se a afirmar que quer que os custos do crédito alcancem "níveis que limitem a atividade económica" e que permaneçam assim até a inflação atingir o objetivo definido.
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