A medida é essencialmente direccionada para as famílias com hipotecas, e trata-se de baixar as taxas de juro dos seus empréstimos em pelo menos 1%.

De acordo com o “Cinco Días”, após quatro anos de crise as famílias espanholas estão mais fechadas ao consumo, o que levou o supervisor a avançar com esta proposta para reduzir os encargos das famílias e fomentar o seu consumo.

Num contexto em que muitas famílias aplicam todo o seu rendimento apenas no cumprimento das suas obrigações financeiras, como é o caso dos empréstimos hipotecários, o consumo tem sido cada vez mais prejudicado. Também o crescente desemprego e as más perspectivas económicas têm contribuído para que os espanhóis se restrinjam na altura de consumir.

Deste modo, o Banco de Espanha avançou com esta proposta ao sector da banca espanhola para impulsionar o consumo, após constatar no seu último relatório que o PIB espanhol continua estagnado há vários meses.

A medida consiste em baixar as taxas de juro dos empréstimos hipotecários para que as famílias tenham uma maior margem no seu rendimento que possam dedicar ao consumo.

Segundo os cálculos efectuados pelo banco, e citados pelo “Cinco Días”, o consumo das famílias com empréstimos hipotecários poderá aumentar cerca de 3 pontos percentuais se se reduzirem as taxas de juro das hipotecas em 100 pontos percentuais, o que corresponde a 1%.

A instituição propôs não só a descida das taxas de juro, mas também a ampliação do prazo de financiamento.

Tendo como referência o “Questionário sobre as Finanças das Famílias” do período de 1990-1995, o Banco de Espanha calculou que um aumento de um ano no prazo de vencimento das hipotecas elevaria o consumo em cerca de 1,3 pontos percentuais.