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Atividade empresarial na Zona Euro trava a fundo com constrangimentos na produção

A atividade das empresas na Zona Euro travou em setembro, indica o flash da consultora IHS Markit. Os constrangimentos na produção estão a justificar este abrandamento.

Alexandre Azevedo
Negócios 23 de Setembro de 2021 às 11:20
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A atividade das empresas na Zona Euro travou a fundo em setembro, tendo sido fortemente penalizada pelos constrangimentos no fornecimento. Os inquéritos PMI aos gestores de contas, divulgados esta quinta-feira pela consultora IHS Market, indicam que o crescimento tanto nos serviços como na indústria desaceleraram mais que o esperado.

A atividade das empresas na Zona Euro travou a fundo em setembro, tendo sido fortemente penalizada pelos constrangimentos no fornecimento. Os inquéritos PMI aos gestores de contas, divulgados esta quinta-feira pela consultora IHS Market, indicam que o crescimento tanto nos serviços como na indústria desaceleraram mais que o esperado.

A consultora refere também que as preocupações ligadas à pandemia estão também no radar das empresas, nomeadamente devido ao impacto da variante delta.

Os custos das empresas cresceram à "velocidade mais rápida em 21 anos", indica a consultora, numa altura em que a procura voltou a superar a oferta. Estas subidas nos custos das empresas foram transversais a vários setores, desde a indústria aos serviços.

O indicador PMI caiu de "forma acentuada" em setembro, passando dos 59 em agosto para 56,1. A consultora comenta que "o último aumento na atividade empresarial foi o mais pequeno desde abril".

Entre os países da Zona Euro, o crescimento abrandou especialmente na Alemanha. A maior economia europeia viu a atividade das empresas abrandar especialmente na indústria e serviços, com os constrangimentos no fornecimento mais uma vez a pesar.

O crescimento também abrandou em França, ainda que a consultora note uma maior "resiliência no setor dos serviços", especialmente quando comparado com a indústria.

"O flash PMI de setembro sublinha uma combinação pouco bem-vinda de um abrandamento acentuado do crescimento económico e uma subida dos preços", comenta o economista chefe da IHS Markit, Chris Williamson. "Por um lado, existe algum arrefecimento do crescimento depois do disparo de duas décadas no início do verão, que já era esperado. Por outro lado, as empresas têm estado a ficar crescentemente frustradas com os atrasos nos fornecimentos, falhas e os preços mais altos dos componentes".

É, segundo este economista, esta a razão para que as empresas, "especialmente no setor da indústria, mas também nos serviços estarem a ser mais afetadas, às vezes a perder vendas e clientes".

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