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António Filipe: "Se fugir o bicho pega, se ficar o bicho come"

O PCP acusou o governo de querer continuar as políticas da troika, recusando uma política alternativa favorável aos trabalhadores.

Bruno Simão
22 de Abril de 2015 às 18:50
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O PCP acusa o Governo de querer manter as políticas da troika mesmo depois da troika, sem procurar alternativas para a austeridade dos últimos anos que favorece empresas em detrimento dos trabalhadores: "O governo limita-se a repetir chavões que dizem que o inferno da reestruturação da dívida é pior que o paraíso da miséria dos últimos anos", afirmou, defendendo além da restruturação da divida, e saída do país da Zona Euro que se tornou "num paraíso para multinacionais e especuladores, mas um purgatório para quem vive do seu trabalho.

 

"O governo faz de troika, ou a troika volta" atirou António Filipe, criticando o discurso do Executivo que não há alternativa, reforçando que é uma atitude como a de uma conhecida canção brasileira: "se fugir o bicho pega, se ficar o bicho come".

 

Paulo Sá, também do PCP, lembrou que mesmo depois da devolução da sobretaxa de IRS, o Governo só terá revertido cerca de um quarto do aumento de impostos de 2012".

 

Maria Luís Albuquerque respondeu que não há condições para reduzir a austeridade mais depressa e recusou qualquer hipótese de reestruturação de dívida. Defendeu ainda que apesar de prever uma redução da taxa de IRC, mantém até 2019 a sobretaxa em sede de IRC para as grandes empresas.

 

"Não é possível fazer uma reversão imediata de todas as medidas porque não seria responsável", defendeu por várias vezes a ministra das Finanças, que acrescentou: "A solução que propõe é sair do euro e não respeitar os  compromisso com europeus. Respeito mas não concordamos", afirmou.

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