Notícia
António José Ganhão abandona cargo de vice-presidente da ANMP
O autarca António José Ganhão anunciou hoje que vai abandonar o cargo de vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que ocupava há mais de 20 anos.
01 de Outubro de 2012 às 18:25
O anúncio foi feito durante a reunião pública da Câmara de Benavente, a que preside, e surge na sequência do congresso da ANMP que decorreu em Santarém e que ficou marcado por insultos e assobios, num ambiente de tensão entre autarcas de diferentes partidos, além de manifestações de repúdio pela forma como o presidente da mesa, Mário Almeida (PS), geriu os trabalhos.
Segundo António José Ganhão (CDU), o que aconteceu no congresso de sábado "foi de tal modo grave" ao ponto de o autarca ter deixado de ter condições para continuar a trabalhar com pessoas que "não partilham do mesmo sentido de responsabilidade ao nível do poder local".
Em declarações à Lusa, o autarca comunista disse que vai pedir ao seu partido para ser substituído no cargo de vice-presidente da associação e indicou que a decisão vai ser transmitida na quinta-feira durante uma reunião do conselho directivo da ANMP.
Ganhão lamentou que no congresso se tenha "discutido o acessório em vez do essencial" e que os congressistas tenham demonstrado "desunião em vez de união".
O também presidente da Câmara de Benavente disse que a situação vivida durante o congresso se deveu "à vontade de muitas pessoas que gostam de se evidenciar", as quais "não aguentam quando estão perante um palco", sem, no entanto, referir nomes.
O Congresso Extraordinário da Associação Nacional de Municípios Portugueses terminou num ambiente de crispação, com a votação das propostas e das conclusões a decorrer sob protesto de parte dos congressistas.
A divisão entre socialistas e sociais-democratas no congresso tornou-se patente no momento em que foram colocadas à votação as moções apresentadas pelos dois partidos sobre a Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso.
O clima piorou na votação das sugestões seguintes, que exigiam, nomeadamente, a revogação da Lei dos Compromissos, a lei que limita o número de cargos dirigentes, a lei que impõe a agregação de freguesias e as alíneas do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) que "ultrapassam as imposições das linhas de crédito".
Segundo António José Ganhão (CDU), o que aconteceu no congresso de sábado "foi de tal modo grave" ao ponto de o autarca ter deixado de ter condições para continuar a trabalhar com pessoas que "não partilham do mesmo sentido de responsabilidade ao nível do poder local".
Ganhão lamentou que no congresso se tenha "discutido o acessório em vez do essencial" e que os congressistas tenham demonstrado "desunião em vez de união".
O também presidente da Câmara de Benavente disse que a situação vivida durante o congresso se deveu "à vontade de muitas pessoas que gostam de se evidenciar", as quais "não aguentam quando estão perante um palco", sem, no entanto, referir nomes.
O Congresso Extraordinário da Associação Nacional de Municípios Portugueses terminou num ambiente de crispação, com a votação das propostas e das conclusões a decorrer sob protesto de parte dos congressistas.
A divisão entre socialistas e sociais-democratas no congresso tornou-se patente no momento em que foram colocadas à votação as moções apresentadas pelos dois partidos sobre a Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso.
O clima piorou na votação das sugestões seguintes, que exigiam, nomeadamente, a revogação da Lei dos Compromissos, a lei que limita o número de cargos dirigentes, a lei que impõe a agregação de freguesias e as alíneas do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) que "ultrapassam as imposições das linhas de crédito".