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Alentejo está mais deserto e gera menos riqueza

Historicamente uma das regiões mais desertas do País, o Alentejo continua a perder recursos humanos. No ano passado, foi a região portuguesa onde a população total mais caiu. E foi também das que menos gerou riqueza através das empresas aí instaladas.

26 de Novembro de 2009 às 13:32
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Historicamente uma das regiões mais desertas do País, o Alentejo continua a perder recursos humanos. No ano passado, foi a região portuguesa onde a população total mais caiu. E foi também das que menos gerou riqueza através das empresas aí instaladas.

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população a residir no Alentejo caiu 0,51% em 2008. Também a região Centro registou um decréscimo populacional, embora menor (0,11%), tendo estas sido as únicas grandes áreas do País onde, entre 2007 e 2008, passaram a residir menos pessoas.

Em termos globais, a população residente em Portugal praticamente estagnou, com um aumento residual de 0,09% para 10.627.250 indivíduos. As regiões do Algarve e de Lisboa foram, por outro lado, as que tiveram um maior crescimento populacional, com taxas de crescimento efectivo de 0,86% e 0,39%, respectivamente.

Em termos infra-regionais, registou-se um aumento da população em cerca de um terço dos municípios portugueses, todos eles situados no Litoral do Continente (excepto no Alentejo) e na Região Autónoma dos Açores.

“Os municípios de Sesimbra, Alcochete e Mafra (na Grande Área Metropolitana de Lisboa) e de Santa Cruz (na Região Autónoma da Madeira) registaram os maiores acréscimos populacionais (acima de 3%), através de uma taxa de crescimento migratória mais expressiva do que a verificada na componente natural”, precisa o comunicado do INE.

O expressivo declínio humano no Alentejo está a ser acompanhado por um recuo na capacidade de criar riqueza, sendo esta a região onde as empresas geram, em média, menores volumes de negócios. Ainda segundo dados do INE, mas relativos a 2007, cada empresa gerou, em média, no conjunto do território português um volume de negócios de 322 mil euros, o que originou um volume de negócios total na ordem dos 354,3 mil milhões de euros.

Mas “a análise territorial permite observar um país com uma distinção clara entre os valores elevados gerados nos municípios do Litoral do Continente, num contínuoentre Viana do Castelo e a Península de Setúbal, e menores resultados em termos de geração de volume de negócios por empresa nos municípios do Interior do Continente e do Alentejo”.

No caso alentejano, na maioria dos municípios a média de volume de negócios não ultrapassa 150 mil euros. Os valores médios de volume de negócios por empresa mais elevados registaram-se nos municípios de Santana, Oeiras, Alcanena, Castro Verde, Lisboa, Palmela, Azambuja e Sines, todos com volumes de negócios por empresa acima dos 800 mil euros, acrescenta o comunicado do INE.
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