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Alemães alertam para o perigo do BCE tornar-se um "risco sistémico"

Membros da CDU e do Partido Democrático Liberal defendem que a compra de obrigações por parte do BCE pode tornar-se perigosa para o sistema financeiro.

29 de Agosto de 2012 às 08:17
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Especialistas em Finanças da CDU, o partido de Angela Merkel, e do Partido Democrático Liberal consideram que o Banco Central Europeu (BCE) pode tornar-se um risco sistémico para o sistema financeiro se voltar aos programas de compra de dívida no mercado secundário, avança o “Handelsblatt”, citado pela Bloomberg.

Frank Schaeffler, porta-voz parlamentar das Finanças, disse ao jornal alemão que as tentativas do BCE para alterar os fundamentos do euro são ilegais, acrescentando que as consequências podem incluir novos aumentos no custo de financiamento, e novas perdas dos níveis de poupança.

Já Klaus-Peter Willsch, membro da comissão de orçamento da CDU, defende que a Alemanha, como principal credor, precisa de amplos poderes de veto. Esta não é a primeira vez que uma instituição alemã sublinha os perigos da acção do Banco Central Europeu. No início desta semana, Jens Weidemann, presidente do Bundesbank, alertou para os efeitos negativos de uma nova vaga de compras de obrigações soberanas por parte do banco central.

"Não devemos subestimar o perigo do financiamento do banco central se poder tornar uma dependência, tal como uma droga", alertou o presidente do Bundesbank numa entrevista concedida ao "Der Spiegel" no passado domingo.

A decisão de comprar dívida soberana dos países da Zona Euro em dificuldades deve estar na mão dos parlamentos e não na dos bancos centrais, defendeu Jens Weidemann.

A própria chanceler alemã, Angela Merkel, partilha da opinião do presidente do Bundesbank, e veio a público demonstrar o seu apoio. "Considero que é bom que Weidmann faça estas advertências constantemente. Apoio Jens Weidemanne e acredito que é bom que ele, como presidente do Budesbank, tenha tanta influência junto do BCE", disse a chanceler em entrevista à cadeia de televisão ARD.
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