Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Administração Obama planeia declarar China como país manipulador de divisa

Uma das opções será mencionar a China pela primeira vez em 16 anos no relatório oficial do Departamento do Tesouro, a outra omitir o país no relatório - ou até mesmo atrasar o documento.

15 de Outubro de 2010 às 10:05
  • 9
  • ...
À medida que as eleições para o Congresso norte-americano se vão aproximando, a Administração Obama é pressionada para declarar oficialmente a China como país que manipula a sua divisa para lograr uma maior competitividade no mercado global, segundo a Reuters.

O Departamento do Tesouro norte-americano é obrigado por lei a emitir uma lista, a cada seis meses, dos países que supostamente estarão a manipular a sua divisa para conseguir vantagens nas exportações.

A Administração Obama, a lidar com críticas em relação à sua postura face à crise, está a ser pressionada para tomar medidas contra ao que se supõe ser uma valorização “excessiva” do yuan, a divisa de Pequim, que recentemente se desindexou do dólar e desde então, valorizou perto dos 2,5% nos últimos meses.

Várias vozes de descontentamento se levantaram, como a de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, que não hesitou em mostrar o seu “descontentamento” recentemente em Bruxelas, numa conferência onde também pontificou Wen Jiabao, presidente chinês.

Os acontecimentos de sexta-feira, com o ministério dos negócios estrangeiros chinês a deplorar o Nobel atribuído a um dissidente chinês com as represálias concomitantes ao governo da Noruega, festão a por a Administração Obama numa situação delicada face ao que é neste momento o maior credor dos Estados Unidos.

Uma das opções será mencionar a China pela primeira vez em 16 anos no relatório, a outra sendo, segundo a agência, o relatório omitir o país ou até mesmo atrasá-lo.

Para além disso, Yao Jian, porta-voz do ministério das finanças chinês, num comunicado citado pela Reuters, avisou que “o yuan chinês não de verá ser um bode expiatório para os problemas económicos domésticos dos Estados Unidos”.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio