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Acordos entre PS e esquerda estão “esgotados”. CGTP quer novas medidas laborais
Contratação colectiva, lei laboral, precariedade. O Governo e os partidos à esquerda devem assumir novos compromissos, até porque os acordos assinados há mais de um ano estão "praticamente esgotados". É a opinião de Arménio Carlos, que acrescenta que se o Governo não der respostas claras as coisas “se vão complicar”.
Pode ser através da revisão das posições conjuntas ou de outra forma qualquer: o importante é que o PS e os partidos que suportam o Governo no Parlamento, PCP e BE e Os Verdes, assumam novos compromissos claros em matérias como a contratação colectiva, a legislação laboral, a distribuição de rendimentos ou o combate à precariedade.
A ideia é defendida pelo secretário-geral da CGTP e membro do comité central do PCP. Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Arménio Carlos afirma que se o Governo não der respostas "claras" as coisas "vão-se complicar".
Considerando que os acordos parlamentares estão "praticamente esgotados", numa altura em que as reformas laborais herdadas do regime da troika permanecem "intocáveis", o secretário-geral da CGTP considera que "o pior que poderia acontecer" era constatar que o projecto governativo "tinha estagnado".
"Neste momento em que os compromissos estão praticamente esgotados, relativamente aos documentos que foram subscritos, entramos numa outra fase", ou seja, no momento de PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes "darem o salto significativo na mudança de políticas".
É por isso desejável "um entendimento prévio" em matérias como a contratação colectiva, na questão da legislação laboral, na distribuição do rendimento e também na questão da precariedade numa visão mais lata", concretiza.
Através de uma revisão dos acordos? Da assinatura de novos documentos? Essa decisão cabe aos partidos, "serão eles é que terão de decidir se entendem que devem seguir esse caminho ou não. Por nós, por esse caminho ou por outro qualquer tem de haver uma evolução".