Notícia
800 milhões na saúde: Bloco fala em "medida muito importante", PCP prefere ver para crer
Comunistas preferem aguardar para perceber como será concretizado o reforço de 800 milhões para o Serviço Nacional de Saúde anunciado pelo Governo, enquanto os bloquistas mostram agrado com uma "medida muito importante", embora insuficiente para resolver os problemas no setor.
11 de Dezembro de 2019 às 20:51
Bloco de Esquerda e PCP não reagiram da mesma forma ao anúncio do Governo de que vai reforçar, em 2020. o investimento na saúde em 800 milhões de euros.
O PCP considera que, "independentemente dos anúncios" feitos hoje pelo Governo para o setor da saúde, "o que importa" é conhecer as medidas concretas, reiterando que é preciso conhecer o Orçamento do Estado para revelar o sentido de voto.
"Independentemente dos anúncios feitos, para o PCP o que importa é, efetivamente, do conhecimento do documento em particular do Orçamento do Estado, ver como é que se dá concretização a esses mesmos anúncios", afirmou a deputada comunista Paula Santos.
Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, a comunista advogou que, embora o Governo anuncie "pôr fim à suborçamentação do Serviço Nacional de Saúde", o que "importa de facto é ver no Orçamento do Estado os elementos concretos, os valores relativamente a essa matéria", uma vez que "as necessidades são, de facto, muito vastas".
Já o Bloco de Esquerda defende que este reforço de 800 milhões no próximo orçamento, valor que o partido considera "indispensável", "é uma medida muito importante", mas aponta insuficiências e uma omissão no restante pacote anunciado pelo Governo.
A deputada do BE Mariana Mortágua reagiu, em declarações aos jornalistas, à aprovação feita hoje pelo Conselho de Ministros de um Plano de Melhoria da Resposta do Serviço Nacional de Saúde, no qual está incluído um reforço do Programa Operacional da Saúde em 800 milhões de euros, já contemplados no Orçamento do Estado para 2020.
"O Governo anunciou agora um pacote de medidas de saúde que dá um primeiro sinal de acolhimento destas propostas que o Bloco de Esquerda tem vindo a fazer para o Orçamento do Estado e, como já disse, são públicas. Neste pacote, há medidas que acolhemos e que são positivas, há algumas insuficiências e uma omissão", sintetizou.
De acordo com Mariana Mortágua, "o reforço de 800 milhões de euros no próximo Orçamento do Estado é o valor que o Bloco de Esquerda avançou como sendo o mínimo indispensável para combater a suborçamentação da saúde em Portugal".
"No próximo Orçamento do Estado a saúde partirá com um reforço que é quase o dobro daquele que foi o reforço orçamental do ano passado, mas também quer dizer que o saúde parte à cabeça com mais meios. mais meios quer dizer melhor gestão. É uma medida muito importante e queremos valorizá-la", destacou. No entanto, na perspetiva da deputada bloquista, há "duas insuficiências" neste plano hoje anunciado. "Por um lado, o investimento em equipamentos.
As ordens do setor dizem-nos que é preciso um investimento de 250 milhões ao ano em equipamentos para o Serviço Nacional de Saúde. Essa foi também a proposta do BE, mas as medidas que o Governo agora anuncia fala-nos numa verba muito inferior a essa, aliás que se dividirá em dois anos e que é de 190 milhões de euros", detalhou. Assim, esta proposta "fica aquém daquelas que são as necessidades que o próprio setor identifica", apontou Mariana Mortágua.
"Uma outra insuficiência é a autonomia dos profissionais e dos serviços de saúde. Há muito que o Bloco de Esquerda tem vindo a defender que os hospitais precisam de ter autonomia para fazer as suas contratações", afirmou.
O PCP considera que, "independentemente dos anúncios" feitos hoje pelo Governo para o setor da saúde, "o que importa" é conhecer as medidas concretas, reiterando que é preciso conhecer o Orçamento do Estado para revelar o sentido de voto.
Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, a comunista advogou que, embora o Governo anuncie "pôr fim à suborçamentação do Serviço Nacional de Saúde", o que "importa de facto é ver no Orçamento do Estado os elementos concretos, os valores relativamente a essa matéria", uma vez que "as necessidades são, de facto, muito vastas".
Já o Bloco de Esquerda defende que este reforço de 800 milhões no próximo orçamento, valor que o partido considera "indispensável", "é uma medida muito importante", mas aponta insuficiências e uma omissão no restante pacote anunciado pelo Governo.
A deputada do BE Mariana Mortágua reagiu, em declarações aos jornalistas, à aprovação feita hoje pelo Conselho de Ministros de um Plano de Melhoria da Resposta do Serviço Nacional de Saúde, no qual está incluído um reforço do Programa Operacional da Saúde em 800 milhões de euros, já contemplados no Orçamento do Estado para 2020.
"O Governo anunciou agora um pacote de medidas de saúde que dá um primeiro sinal de acolhimento destas propostas que o Bloco de Esquerda tem vindo a fazer para o Orçamento do Estado e, como já disse, são públicas. Neste pacote, há medidas que acolhemos e que são positivas, há algumas insuficiências e uma omissão", sintetizou.
De acordo com Mariana Mortágua, "o reforço de 800 milhões de euros no próximo Orçamento do Estado é o valor que o Bloco de Esquerda avançou como sendo o mínimo indispensável para combater a suborçamentação da saúde em Portugal".
"No próximo Orçamento do Estado a saúde partirá com um reforço que é quase o dobro daquele que foi o reforço orçamental do ano passado, mas também quer dizer que o saúde parte à cabeça com mais meios. mais meios quer dizer melhor gestão. É uma medida muito importante e queremos valorizá-la", destacou. No entanto, na perspetiva da deputada bloquista, há "duas insuficiências" neste plano hoje anunciado. "Por um lado, o investimento em equipamentos.
As ordens do setor dizem-nos que é preciso um investimento de 250 milhões ao ano em equipamentos para o Serviço Nacional de Saúde. Essa foi também a proposta do BE, mas as medidas que o Governo agora anuncia fala-nos numa verba muito inferior a essa, aliás que se dividirá em dois anos e que é de 190 milhões de euros", detalhou. Assim, esta proposta "fica aquém daquelas que são as necessidades que o próprio setor identifica", apontou Mariana Mortágua.
"Uma outra insuficiência é a autonomia dos profissionais e dos serviços de saúde. Há muito que o Bloco de Esquerda tem vindo a defender que os hospitais precisam de ter autonomia para fazer as suas contratações", afirmou.