Notícia
Inflação trouxe benefício de 9,3 mil milhões aos Orçamentos de 2022 e 2023
O aumento dos preços em Portugal, graças à inflação, acabou por aumentar a receita fiscal e contributiva do Estado em mais 3,8 mil milhões, em 2022, e de 5,4 mil milhões de euros, em 2023,
04 de Junho de 2024 às 08:56
Um estudo elaborado pela Área de Monitorização e Supervisão Orçamental do Conselho das Finanças Públicas (CFP), revela que o aumento da inflação beneficiou os mais recentes Orçamentos do Estado do Governo socialista de António Costa em 9,3 mil milhões de euros relativos a impostos e contribuições adicionais, avança o ECO esta terça-feira.
Por anos, o aumento dos preços em Portugal acabou por aumentar a receita fiscal e contributiva do Estado em mais 3,8 mil milhões, em 2022, e de 5,4 mil milhões de euros, em 2023, um cenário que o autor do estudo avisa que não irá repetir-se. isto porque, "nos próximos anos, os exercícios de programação orçamental terão de se confrontar com taxas de crescimento da receita mais próximas da real dinâmica dos agregados macroeconómicos subjacentes".
Neste momento, o Estado já registou dois meses consecutivos de défice. Em abril, o saldo negativo disparou sete vezes para quase dois mil milhões de euros.
"Com a expectável moderação do ritmo de crescimento das remunerações e dos preços dos bens e serviços no ano de 2024 e seguintes, a margem para obtenção de acréscimos na receita desta magnitude tenderá a ser mais reduzida", refere o mesmo estudo
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a receita em impostos e contribuições sociais, atingiu os 87.301,8 milhões de euros, em 2022, e os 94.963,8 milhões de euros, em 2023, o que se traduz numa carga fiscal de 36% e de 35,8%, respetivamente.
Por anos, o aumento dos preços em Portugal acabou por aumentar a receita fiscal e contributiva do Estado em mais 3,8 mil milhões, em 2022, e de 5,4 mil milhões de euros, em 2023, um cenário que o autor do estudo avisa que não irá repetir-se. isto porque, "nos próximos anos, os exercícios de programação orçamental terão de se confrontar com taxas de crescimento da receita mais próximas da real dinâmica dos agregados macroeconómicos subjacentes".
Neste momento, o Estado já registou dois meses consecutivos de défice. Em abril, o saldo negativo disparou sete vezes para quase dois mil milhões de euros.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a receita em impostos e contribuições sociais, atingiu os 87.301,8 milhões de euros, em 2022, e os 94.963,8 milhões de euros, em 2023, o que se traduz numa carga fiscal de 36% e de 35,8%, respetivamente.