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Carlos César alerta que estabilidade económica não pode ser comprometida pela política

É o aviso do presidente do PS, Carlos César, nas vésperas das negociações do Orçamento do Estado para 2022: a estabilidade política não pode pôr em causa a estabilidade económica e social.

01 de Setembro de 2021 às 09:47
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O presidente do PS diz estar "otimista" quando ao desenlace tanto do Orçamento de Estado para 2022 como para 2023, apesar de ter "preocupações". No arranque do período de negociações, Carlos César alerta que "a estabilidade política não pode comprometer a estabilidade económica nem social".

"Evidentemente que o PS tem limites… a estabilidade não pode ser feita a qualquer preço", afirmou Carlos César em entrevista ao Observador, apontando para as "divergências relevantes entre o PS e o PCP e o Bloco" de Esquerda, como "conceções diferentes do papel do setor público e do privado".

César diz ainda que "é natural" que pelo menos "em parte", o PS esteja a trabalhar já para comprometer partidos até ao final da legislatura, "porque o próximo orçamento é muito influenciado pelos instrumentos que lhe estão associados, que é o quadro comunitário e o PRR [Plano de Recuperação e de Resiliência]". "Vê-se com certeza neste Orçamento o perfil do seguinte" e, "num plano político, a verdade é que precede o último da legislatura, portanto, há aqui também uma influência e um contexto que condiciona mais todas as formações parlamentares", sublinhou.

"Os partidos em geral, independentemente das suas divergências, não desejam — certamente não o farão — ser motores de uma instabilização política do país que interrompa um processo de investimento que não pode ter essa interrupção e que seria interrompido se mergulhássemos numa situação de indefinição quanto ao Governo", apontou.

Mas a estabilidade "não é só partidária". "Acho que temos de prestar atenção, mais atenção, a outras instituições que fazem parte da edificação da estabilidade política e social e do clima económico", afirmou, defendendo um maior respeito pelo papel da concertação social.

"É importante que a concertação social, não sendo um parque de estacionamento prolongado das reformas, seja um local por onde transitam as principais decisões do país, e que portanto os parceiros sociais — sejam as associações empresariais, sindicais, as instituições particulares de solidariedade social — tenham uma maior intervenção na definição política e na construção dessa estabilidade", salientou.

 

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