Notícia
SIS soube do furto de Tancos pela imprensa
O secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) afirmou hoje no parlamento que soube do furto de Tancos através do Serviço de Informações de Segurança, e que este serviço tomou conhecimento através da comunicação social.
27 de Julho de 2017 às 18:11
Numa primeira declaração na comissão de Defesa Nacional, Júlio Pereira disse que tomou conhecimento do furto no dia 29 de Junho, através do Serviço de Informações de Segurança (SIS), e que este serviço soube do facto pela comunicação social no mesmo dia.
O secretário-geral do SIRP foi ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a requerimento do PSD, face à "persistência de um conjunto de dúvidas que merecem ser totalmente esclarecidas" sobre o furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos.
Júlio Pereira, que repetiu esta informação, em resposta a uma pergunta do PSD, considerou depois que ter uma informação de que houve um assalto "pouco ou nada significa" se não se souber o conteúdo do que foi roubado.
Se o furto ocorreu de 28 para 29 de Junho, considerou, "não é excessivo" o tempo que levou até a informação sobre o furto ter sido divulgada.
Questionado pelo deputado do PCP António Filipe, que manifestou perplexidade por o SIS ter sabido do furto pela comunicação social, o secretário-geral do SIRP admitiu que a partir do momento em que o material militar desaparece das instalações militares o assunto "passa a ser de segurança interna".
"Porventura não terá havido imediata noção do facto e daí a origem desse atraso, enfim. Penso que terá sido aprendida a lição em relação a isso", afirmou.
Júlio Pereira, que falou pela primeira vez numa comissão parlamentar à porta aberta, considerou "pouco provável" que o material roubado possa ser usado em Portugal, ressalvando que "ninguém pode apresentar garantias" quanto a isso.
"O que podemos dizer é que tendo em conta a natureza do material e o perfil dos agentes da ameaça no nosso país inclusivamente no entorno europeu, é pouco provável que isso aconteça", referiu.
Para o chefe das secretas, "a maior probabilidade é que sejam utilizadas no âmbito do crime organizado ou em cenários de conflito".
Claro que, frisou, através de sucessivas transacções no mercado negro, o material pode ir parar "às mãos da ameaça terrorista".
Quanto ao grau de ameaça no país, disse, mantém-se moderado em termos gerais, passando a "significativo" no que respeita ao tráfico de armas.
Júlio Pereira esclareceu que "não havia sinais" por parte dos serviços de informações quanto a uma "qualquer ação dirigida a paióis militares".
O furto de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de Junho.
Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.
O secretário-geral do SIRP foi ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a requerimento do PSD, face à "persistência de um conjunto de dúvidas que merecem ser totalmente esclarecidas" sobre o furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos.
Se o furto ocorreu de 28 para 29 de Junho, considerou, "não é excessivo" o tempo que levou até a informação sobre o furto ter sido divulgada.
Questionado pelo deputado do PCP António Filipe, que manifestou perplexidade por o SIS ter sabido do furto pela comunicação social, o secretário-geral do SIRP admitiu que a partir do momento em que o material militar desaparece das instalações militares o assunto "passa a ser de segurança interna".
"Porventura não terá havido imediata noção do facto e daí a origem desse atraso, enfim. Penso que terá sido aprendida a lição em relação a isso", afirmou.
Júlio Pereira, que falou pela primeira vez numa comissão parlamentar à porta aberta, considerou "pouco provável" que o material roubado possa ser usado em Portugal, ressalvando que "ninguém pode apresentar garantias" quanto a isso.
"O que podemos dizer é que tendo em conta a natureza do material e o perfil dos agentes da ameaça no nosso país inclusivamente no entorno europeu, é pouco provável que isso aconteça", referiu.
Para o chefe das secretas, "a maior probabilidade é que sejam utilizadas no âmbito do crime organizado ou em cenários de conflito".
Claro que, frisou, através de sucessivas transacções no mercado negro, o material pode ir parar "às mãos da ameaça terrorista".
Quanto ao grau de ameaça no país, disse, mantém-se moderado em termos gerais, passando a "significativo" no que respeita ao tráfico de armas.
Júlio Pereira esclareceu que "não havia sinais" por parte dos serviços de informações quanto a uma "qualquer ação dirigida a paióis militares".
O furto de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de Junho.
Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.