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Forças Armadas investem 3,7 milhões para reforçar segurança das bases após Tancos

Após o roubo de armamento em Tancos, o Governo pediu aos diferentes ramos das Forças Armadas para fazerem um levantamento das necessidades de protecção de material de guerra. Até final do ano serão investidos cerca de 3,7 milhões de euros.

10 de Novembro de 2017 às 14:41
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Casa roubada, trancas à porta. É o que diz o ditado e foi o que fez o Governo após o roubo de diverso armamento e material militar dos paióis de Tancos, no passado dia 18 de Junho. Após o assalto desse material, o ministro da Defesa pediu aos chefes dos ramos das Forças Armadas para apresentarem um relatório sobre as condições de segurança do material de guerra e solicitou uma auditoria à Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) sobre os "procedimentos de segurança em vigor" e as "condições de armazenamento e segurança".

 

Depois de recebidos os diversos relatórios, o ministro decidiu tomar "uma série de medidas", entre as quais o reforço da segurança das infraestruturas militares, anunciou Azeredo Lopes durante uma audição esta manhã no Parlamento. A Marinha "está a desenvolver sete projectos para reforço dessas condições" de segurança no valor de "1,53 milhões de euros". No Exército estão em curso "três intervenções em Santa Margarida", com conclusão prevista "ainda em 2017 e com impacto de 922 mil euros".

 

Em todo o país foi implementado "sistema de videovigilância em 12 unidades, no valor de 471 mil euros", e vai ser implementado "em mais seis, no valor de 271 mil euros". Adicionalmente, serão investidos "mais de 470 mil euros para execução imediata de sistemas supletivos electrónicos de segurança cuja instalação pode ocorrer até final do ano". Na Força Aérea ainda não há valores mas "decorre o levantamento" das necessidades. Contas feitas, os investimentos em reforço de segurança ascendem a 3,7 milhões de euros.

Azeredo Lopes informou entretanto que "já está concluída a transferência de material militar" de Tancos para a Base de Santa Margarida, tendo estado em causa "1.500 toneladas de material militar, movimentadas num período difícil, de altas temperaturas".

 
Sistema de controlo de material único chega em Março

O Governo decidiu tomar outras medidas para garantir a segurança do material de guerra. Já está pronta a "norma única sobre manuseamento e transporte de material militar aplicável às Forças Armadas", que são no fundo "regras mínimas na observância de normas nacionais e NATO", cujo impacto ainda está a ser quantificado.

 

Adicionalmente, o Governo quer avançar com um "sistema de informação comum para controlo de material sensível", com o "registo e inventários" desse equipamento. "Isso está a ser articulado com a IGDN", prevendo-se que esteja a concluído até Março do próximo ano.

 

A 18 de Junho foi roubado um enorme conjunto de material de guerra dos Paióis de Tancos, entre os quais "granadas de mão ofensivas" e "munições de 9 milímetros", incluindo "granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo, explosivos e material diverso de sapadores, como bobines de arame, disparadores e iniciadores". A quase totalidade do material furtado acabaria por ser recuperada no passado dia 18 de Outubro.

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