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Líder da NATO manifesta "contentamento" por recuperação de armas de Tancos

À margem do encontro dos ministros da Defesa da Aliança Atlântica, que decorre na capital da Bélgica, Azeredo Lopes disse aos jornalistas que o secretário-geral da NATO se mostrou satisfeito pelo facto de o material furtado da base de Tancos ter sido recuperado.

Azeredo Lopes - Defesa Nacional: O portuense que lidera a pasta da Defesa não é recordado espontaneamente por quase ninguém (0,1%), apesar de se ter destacado já antes, entre 2006 e 2011, na presidência da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e, desde a eleição de Rui Moreira, como chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto. É por uma décima que José Alberto Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional da Universidade Católica, surge com mais avaliações positivas (0,4) do que negativas (0,3).
Marta Poppe
08 de Novembro de 2017 às 19:01
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O ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, revelou que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, lhe deu hoje conta, em Bruxelas, do seu "contentamento" por o material militar furtado dos Paióis de Tancos ter sido recuperado.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de ministros da Defesa da NATO que decorre entre hoje e quinta-feira em Bruxelas, Azeredo Lopes, questionado sobre se o assunto tinha sido abordado pelos seus homólogos, começou por comentar que, "por estranho que possa parecer, ao contrário do impacto mediático que a questão tem em Portugal, não é com certeza um tópico que esteja na agenda principal ou até secundária da organização ou dos seus membros", para revelar então que a questão mereceu palavras de satisfação por parte de Stoltenberg.

"Mas de facto, e isso é sempre agradável verificar, ainda há pouco, no fim da reunião, o secretário-geral veio falar comigo e especificamente dizer do contentamento dele por algo que não é muito comum, que é justamente, perante um roubo ou um furto grave de material militar, ter sido possível recuperá-lo", indicou.

De acordo com o ministro, "é esse aspecto que ele (Stoltenberg) sobretudo destaca: que as instituições funcionaram e que foi restabelecida a segurança", no sentido em que tudo foi feito "para que não houvesse consequências que pudessem resultar desse furto".

"É sempre importante verificar que, desse ponto de vista, foi restabelecida a dimensão de segurança, que é sempre posta em causa, evidentemente, qualquer que seja o furto de material militar", reforçou.

Sobre as investigações em curso, sublinhou que a criminal, da qual tem "tanto conhecimento" quanto os jornalistas, "e é assim que deve ser feito num Estado de direito", já "permitiu recuperar o material que tinha sido furtado", pelo que "é injusto dizer que a investigação não dá passos; já deu um passo muito importante, faltando evidentemente agora determinar quem foram os responsáveis".

Quanto à segunda vertente da investigação, a cabo do Exército, e designadamente ao nível dos "processos disciplinares que foram instaurados a vários militares", disse ter a convicção de que "dentro de algumas semanas" o processo poderá ser finalmente concluído.

"Num processo disciplinar nós estamos a falar de algo que é instaurado numa democracia e num Estado de Direito, com prazos, com contraditório, com direitos de defesa que serão plenamente garantidos. Portanto, só no fim, por muito que nos incomode a falta de celeridade, só no fim desses prazos é que com certeza o Exército dará por concluído esses processos, não antes e não depois. Mas a informação de que disponho é que algures nas próximas semanas esse processo estará enfim concluído", declarou.

Em Junho, o Exército revelou a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.

No mês passado, a Polícia Judiciária Militar (PJM) anunciou que tinha recuperado, na região da Chamusca, a 21 quilómetros da base militar de Tancos, o material de guerra furtado, em colaboração com o núcleo de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana de Loulé.
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