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Santa Casa apoia Fundação Ricardo Espírito Santo

A Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinaram esta sexta-feira, 6 de Maio, um contrato de parceria "para a viabilidade socioeconómica" da FRESS.

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Negócios 06 de Maio de 2016 às 20:11
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Em Junho de 2015, iniciaram-se reuniões entre a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) - que em 2014 perdeu o seu principal mecenas, o ex-Banco Espírito Santo - e três entidades que se sentaram à mesa para tentar encontrar um plano de salvação para a fundação: Secretaria de Estado da Cultura, a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia.

 

A Fundação já acumulava prejuízos há vários anos mas o "golpe" final foi o "desaparecimento" do seu grande mecenas, pelo que precisava desesperadamente de um novo modelo de financiamento.

 

Esta sexta-feira, na sua página na Internet, a Santa Casa informa que assinou com a fundação um contrato de parceria "para a viabilidade socioeconómica" da mesma. Na cerimónia, que decorreu na sede da FRESS, estiveram presentes todos os membros da Mesa da Santa Casa, os administradores e curadores da fundação e os trabalhadores.


Conciliando "interesses e propósitos" das duas instituições, esta parceria tem como objectivos o "financiamento que garanta a continuação das actividades da FRESS"; a realização, pela Fundação, "de projectos de conservação e restauro em património da SCML; a integração de jovens que se encontrem em situação de "formação em contexto de trabalho; o acesso a jovens apoiados pela SCML à oferta formativa da Fundação, através da criação de quotas; o apoio ao desenvolvimento de projectos de carácter inovador e o desenvolvimento de relações institucionais, "económicas e culturais com outras entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais", refere o comunicado da Santa Casa.


Para Conceição Amaral, presidente do Conselho de Administração da fundação, esta iniciativa representa "um gigante passo em frente", quer para a "continuidade" da "missão principal" da fundação criada há 63 anos, quer para o "desenvolvimento e alargamento das áreas que são reconhecidamente uma referência na sociedade e culturas portuguesas".  

A entrada da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva num "ciclo novo" foi também referida pelo provedor Pedro Santana Lopes, numa intervenção que encerrou a cerimónia. 

Pedro Santana Lopes destacou o "papel essencial" da Câmara Municipal de Lisboa neste processo, referindo particularmente a "vontade " do presidente Fernando Medina "para encontrar um caminho para o presente e futuro desta casa".

A Fundação tem agora de "criar mais receitas próprias, trabalhar em conjunto para arranjar mais soluções", defendeu Pedro Santana Lopes, desafiando: "Agora vamos à procura do futuro".

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