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Trump promete relatório "conclusivo" sobre responsabilidade da China na pandemia

A administração Trump intensificou as alegações de que o coronavírus teve origem num laboratório em Wuhan, aumentando as tensões entre os EUA e a China.

Reuters
04 de Maio de 2020 às 08:27
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O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse no domingo que viu "enormes indícios" de que o vírus que está a infetar grande parte do mundo teve origem num laboratório na cidade chinesa.

 

"Posso dizer-vos que há uma quantidade significativa de indícios de que [o vírus] veio daquele laboratório em Wuhan" disse Pompeo no domingo no programa "This Week" da ABC. Pompeo recusou-se a descrever essas provas, dizendo que "não estou autorizado a dizer-vos isso".

 

Durante uma emissão especial do canal de televisão Fox News, emitida a partir do Lincoln Memorial, monumento em Washington em homenagem ao 16.º Presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln, o Presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que os responsáveis da China encobriram a situação por estarem embaraçados. "Penso que cometeram um erro terrível e não quiseram admiti-lo", disse.

 

"Vamos apresentar um relatório muito forte sobre o que achamos exatamente que aconteceu", disse Trump sobre as questões do laboratório em Wuhan. "Acho que vai ser muito conclusivo."

 

A AFP noticiou no domingo que as autoridades norte-americanas acreditam que a China encobriu a propagação do vírus para acumular meios médicos para responder ao surto.

 

O Presidente dos Estados Unidos afirmou também que uma vacina contra a covid-19 vai estar disponível até final de 2020.

 

"Pensamos ter uma vacina até final deste ano", declarou Donald Trump. "Os médicos vão dizer que eu não devia dizer isto. Eu digo o que penso", acrescentou.

 

O Presidente norte-americano, que defendeu, uma vez mais, um regresso prudente, mas "tão rápido quanto possível" à atividade no país, mostrou-se otimista sobre as perspetivas económicas. O ano de 2021 vai ser "incrível", afirmou Trump, que voltou a defender as decisões que tomou desde o início da epidemia no país. "Penso que salvámos milhões de vidas", reiterou.

 

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67.674) e mais casos de infeção (mais de 1,15 milhões) no mundo.

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 246 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

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