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Covid-19: Portugal é o oitavo país da Europa em que familias mais foram afetadas

Um estudo da Intrum, mostra que Portugal surge na oitava posição entre os países europeus, cujas finanças familiares mais foram afetadas pelo novo coronavírus.

12 de Junho de 2020 às 14:59
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Os rendimentos das famílias portuguesas foram dos mais afetados na Europa pela covid-19, segundo um inquérito divulgado nesta sexta-feira pela Intrum, prestadora de serviços de gestão de crédito. 

De acordo com o estudo intitulado "European Consumer Payment Report", que revela o impacto financeiro da pandemia covid-19 nos consumidores e nas suas finanças pessoais em 24 países da Europa, Portugal surge como oitavo país em que as finanças familiares mais foram afetadas.

De todas as famílias portuguesas inquiridas, 46% disseram que as suas dívidas estão a aumentar a um ritmo que os rendimentos familiares não conseguem acompanhar, uma percentagem acima da média europeia que se situa nos 42%. 

A liderar a tabela das famílias que se dizem mais afetadas pelo novo coronavírus está França, com 62% dos inquiridos a mostrar preocupação com o acumular de dívidas. No lado oposto, numa situação financeira menos preocupante, estão as famílias do Norte da Europa com a Dinamarca a ser o país europeu em que as famílias mostram um menor aperto financeiro. 


"Apesar de a situação financeira ser preocupante no geral, a maior inquietação reside nas famílias com crianças e onde as despesas aumentaram bastante face aos rendimentos dos pais", começa por dizer Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, em comunicado. 

Acrescenta que "estamos a falar de famílias que viram o seu rendimento diminuir, ou porque um dos progenitores se viu obrigado a requerer o subsídio de assistência à família, ficou desempregado ou em regime de lay-off".

 

Para além desta preocupação crescente com as dívidas, 56% das famílias portuguesas inquiridas reconhecem que o seu bem-estar financeiro diminuiu, comparativamente com a sua situação financeira há seis meses – um número muito acima da média europeia que se situa nos 48%.

E apenas 28% dos portugueses inquiridos mostram otimismo numa recuperação célere. Ainda assim, esta percentagem mostra que os portugueses estão mais confiantes numa recuperação do que a média dos países europeus (23%). 

O inquérito mostra ainda que um terço dos portugueses diz que a pandemia está a ter um impacto positivo nos gastos, uma vez que tem resultado em níveis superiores de poupança, graças à redução das despesas, nomeadamente em deslocações e refeições fora de casa.

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