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António Costa admite confinamento sem encerramento de escolas

O primeiro-ministro admite que o país volte a um grau de confinamento idêntico ao de março, mas referiu por duas vezes que os especialistas não recomendam o encerramento das escolas.

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Se Portugal continuar a ter um número elevado de novas infeções, na ordem dos dez mil novos casos por dia, o Governo aprovará um novo confinamento com medidas semelhantes às de março. O primeiro-ministro afasta, no entanto e para já, um novo encerramento de escolas.

"O cenário que podemos ter como provável é voltarmos a um conjunto de medidas tipo as que adotámos em março com a ressalva de todos os especialistas nos indicarem que não se justifica afetar o normal funcionamento das escolas", disse António Costa, no final de uma reunião de Conselho de Ministros.

Em março, a regra era o encerramento do comércio, com exceção da venda de bens essenciais. Os restaurantes, cafés e pastelarias só vendiam para take away. O teletrabalho começou por ser "recomendado" mas acabou por tornar-se obrigatório.

A decisão será tomada na próxima semana, em função da evolução dos dados, estando marcada uma reunião do Infarmed para o próximo dia 12. Na conferência de imprensa posterior ao Conselho de Ministros, o primeiro-ministro indicou que a ideia é perceber se o pico de dez mil novos contágios que se verificou esta quarta-feira, e quase se repetirá hoje, é ou não um fenómeno pontual.

O primeiro-ministro irá ouvir já amanhã os parceiros sociais, numa reunião de emergência da concertação social, e depois os partidos políticos com o objetivo de ter um leque de medidas preparadas para implementar no dia 12 caso se confirme um agravamento da situação.

"Chamo a atenção que cada dia pode contar e por isso pode ser útil não esperar pelo dia 15 para tomarmos novas decisões e que elas possam ser tomadas na imediata sequência daquilo que se vier a confirmar no próximo dia 12", disse.

Portugal registou esta quarta-feira mais de dez mil novos contágios pelo coronavírus e hoje, quinta-feira, o número ficará pouco abaixo, segundo anunciou o primeiro-ministro. 

"Há um grande consenso hoje entre os técnicos e os especialistas de que não se justifica afetar o funcionamento do ano letivo e portanto não devemos ter medidas que impliquem, como no ano letivo passado, a interrupção da atividade letiva mas, mais vale ser claro: o que temos feito até agora é incidir as medidas durante o fim-de-semana. Um passo em frente significa estender ao resto da semana este tipo de medidas e portanto temos de adotar medidas de confinamento mais geral do tipo que adotámos em março passado", disse, sem querer "antecipar medidas", uma vez que "a esperança é a última a morrer".

A "esperança" do primeiro-ministro é que os números de ontem e hoje ainda sejam "um ajustamento do período que vivemos nas últimas semanas e que os dados até dia 12 não confirmem a evolução".

Se confirmarem, "é evidente que é necessário fazer o que é necessário fazer". "Creio que todos compreendemos que não podemos pôr em risco o enorme esforço que foi feito até agora".

Notícia atualizada às 15:11 com mais informação
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