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Sondagem: portugueses estão mais confiantes na economia

Cresceu e convenceu. A economia tem tido um bom desempenho e os portugueses mostram-se optimistas sobre o próximo ano. Porém, as expectativas degradam-se quando o prazo é alargado para três anos, mostra a sondagem da Aximage.

Bruno Simão
19 de Março de 2018 às 07:00
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Os portugueses estão mais optimistas sobre o andamento da economia no curto prazo, mas mais cautelosos no longo prazo. Esta é a principal conclusão que se pode tirar da sondagem feita pela Aximage para o Negócios e Correio da Manhã sobre as perspectivas para a economia a um ano e três anos.

O número de portugueses pessimistas diminuiu e parte deles acha agora que a economia vai manter o actual ritmo de crescimento o que, tendo em conta o bom desempenho dos últimos tempos, acaba por corresponder a perspectivas positivas.

Neste momento, só 12% dos portugueses espera que a situação económica do país esteja "pior" daqui a um ano, quando há quatro meses eram 15%. Em contrapartida, são agora 46% (contra 41% em Novembro) os que esperam que a economia esteja "igual" no prazo de um ano.

Já os optimistas, ou seja, aqueles que acham que a economia ainda vai melhorar nos próximos 12 meses mantiveram-se relativamente estáveis, nos 39%.

No prazo de três anos, a conversa já é outra. O grupo dos que acham que ainda há margem para a economia melhorar diminuiu, talvez também porque a economia está agora a crescer a um ritmo superior.

Face há um ano, passou de 54% para 46% a percentagem de portugueses que espera que a economia melhore. Já os que acham que vai piorar têm vindo a aumentar em número: segundo a Aximage, são agora cerca de 20% contra 17% há aproximadamente um ano.

Esta degradação das perspectivas económicas no longo prazo combinada com a melhoria verificada no curto prazo conduziu a uma situação inédita desde que António Costa assumiu o poder: as perspectivas sobre o desempenho da economia no prazo de um ano são agora melhores do que daqui a três anos.


Economia cresceu 2,7% em 2017
A economia portuguesa registou no ano passado o maior crescimento desde 2000, com o PIB a aumentar 2,7%. Para isso foi determinante o comportamento do investimento. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, o contributo da procura doméstica (investimento e consumo) subiu muito face a 2016, atingindo os 2,9 pontos percentuais "devido à aceleração do investimento".

O motor doméstico conseguiu compensar o contributo negativo para o crescimento da procura externa líquida. É que as vendas ao exterior subtraídas das compras acabaram por tirar 0,2 pontos percentuais ao crescimento do PIB.

Tanto as exportações como as importações cresceram 7,9%, mas a base de crescimento das compras ao estrangeiro é maior, pelo que acabou por se reflectir numa redução ligeira no excedente externo de bens e serviços, dos anteriores 1,1% do PIB, para 1%.

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