A avaliação da situação económica actual na Zona Euro voltou a subir em Agosto, situando-se em 15,3, o valor mais elevado desde Julho de 2011, revelam os resultados do inquérito mensal do instituto Sentix divulgados nesta segunda-feira, 10 de Agosto.

"A Zona Euro tem atravessado incólume a turbulência na Grécia", refere o instituto com base na evolução positiva da avaliação que os investidores fazem da conjuntura presente.

Já as perspectivas sobre o comportamento futuro das economias que integram a união monetária arrefeceram em Agosto, passando de 22,3 para 21,5 pontos, em resultado da perda de dinamismo da economia global, sobretudo na América latina, que entrou num cenário de "clara desaceleração".

Ainda segundo o instituto especialista na área das finanças comportamentais, que realiza mensalmente um inquérito a mais de 950 investidores, a economia da Zona Euro tem-se revelado "relativamente robusta" não obstante os ventos adversos que sopram de vários quadrantes do globo e à fragilidade renovada da Grécia. Baixa cotação do euro, baixo custo do petróleo e baixas taxas de juro, associadas a uma política monetária altamente expansionista, são os três principais factores que ajudam a explicar a resiliência da conjuntura económica na união monetária europeia, refere o Sentix.

"A crise grega dominou as manchetes em Junho e inícios de Julho, mas as boas notícias sobre a evolução de economia da Zona Euro praticamente não pararam desde o início de 2015", escreve hoje no Negócios Miguel Luzárraga, da JP Morgan, lembrando que, não obstante o FMI ter revisto em baixa as suas previsões de crescimento para os EUA, as referentes à Zona Euro foram revistas em alta, para 1,5% em 2015, o que compara com 0,9% em 2014 e a uma média de 0,7% entre 2010 e 2014.