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Redução do endividamento público compensa subida da dívida dos privados
Endividamento da economia desceu em outubro, com o setor público a compensar aumentos do privado. Endividamento das famílias sobe a níveis mais altos em dois anos.
O endividamento da economia portuguesa diminuiu 200 milhões de euros em outubro, para 813 mil milhões de euros, com a descida das dívidas do setor público a compensar o aumento das dívidas das famílias e empresas.
A conclusão é do Banco de Portugal (BdP), que nesta sexta-feira, 20 de dezembro, divulgou informação sobre o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares).
De acordo com o banco central, o endividamento do setor público caiu 1,2 mil milhões de euros, uma redução que se verificou, sobretudo, junto do exterior (com uma queda de 2,5 mil milhões de euros) pela amortização líquida de títulos de dívida pública portuguesa, explica o BdP.
Já o endividamento do setor privado cresceu 1,1 mil milhões de euros.
O endividamento das empresas subiu 600 milhões de euros, sobretudo perante o exterior (1,3 mil milhões de euros), contrabalançado por uma redução junto do setor financeiro (menos 700 milhões de euros). Representa um crescimento de 1,8% em termos homólogos, acelerando face a setembro.
O endividamento das famílias subiu 500 milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro para a finalidade habitação, o que representa um aumento de 2,8% face ao mesmo mês de 2023. Este crescimento demonstra uma aceleração face a setembro (2,5%), mostrando que a tendência de crescimento mantém-se.
"A taxa de variação anual de outubro é a maior desde dezembro de 2022 (3%)", afirma o BdP.
De acordo com o banco central, em outubro, mais de metade do endividamento da economia portuguesa, mais precisamente 455,4 mil milhões de euros, respeitava ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 357,6 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).
