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Poupança desce em Portugal, mas sobe na Zona Euro em 2018

A poupança das famílias em Portugal atingiu novos mínimos históricos no ano passado. Já na Zona Euro houve uma ligeira recuperação.

Bloomberg
04 de Abril de 2019 às 11:05
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A divergência criada durante a crise na poupança dos portugueses e dos europeus agravou-se em 2018. Enquanto as famílias em Portugal atingiram um novo mínimo histórico de poupança (4,6%), a taxa subiu ligeiramente no conjunto da Zona Euro para a casa dos 12%, segundo os dados do Eurostat publicados esta quinta-feira, 4 de abril.

Os dados estão ajustados de sazonalidade e de efeitos do calendário que possam influenciar a comparação. A taxa é calculada dividindo a poupança pelo total do rendimento disponível num agregado familiar. Por outras palavras, é o dinheiro que não foi para despesa. 

No conjunto da Zona Euro, a taxa de poupança subiu no segundo, no terceiro e no quarto trimestre, apontando para uma taxa anual à volta de 12%. Este nível de poupança representa uma subida face a 2017, mas continua abaixo do histórico pré-crise. 

O Eurostat ainda não divulgou o taxa desagregada por Estado-membro, mas o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou na semana passada que em 2018 poupança voltou a cair para um novo mínimo histórico, o que permite concluir que Portugal continua a ser um dos países europeus com a taxa de poupança mais baixa. Na prática, as famílias portuguesas poupam cerca de um terço das famílias europeias, em média. 

Pelo menos neste indicador, Portugal continua a não convergir com os seus parceiros europeus. Foi entre 2013 e 2014 que a poupança dos portugueses registou a maior queda durante a crise. Depois da melhoria em 2015, a divergência está outra vez a agravar-se mesmo numa altura com devolução de rendimentos, a queda da taxa de desemprego e a subida gradual dos salários.

Contudo, uma melhoria deste indicador pode estar a chegar. Segundo um inquérito do INE do início deste ano, os consumidores portugueses estão menos confiantes na economia, mas dizem ter uma maior capacidade para poupar neste momento, tendo estabilizado a confiança quanto à possibilidade de continuar a poupar no futuro.
A poupança aumenta quando o rendimento disponível cresce a um ritmo superior ao do consumo uma vez que a poupança é o rendimento disponível que não é gasto no consumo de bens e serviços.
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