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Consumidores estão menos otimistas quanto ao futuro e mais atentos à poupança

Quando olham para o futuro, os consumidores em Portugal começam a ver um caminho menos soalheiro, seja para o seu agregado familiar, seja para o país. E mostram mais atenção à poupança.

30 de Janeiro de 2019 às 10:20
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Cada vez menos confiantes. É assim que os consumidores em Portugal se mostram nos inquéritos de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística, publicados esta quarta-feira, 30 de janeiro.

No arranque do ano, os consumidores dizem ter perspetivas mais negativas quanto à situação financeira do agregado familiar, não acreditam poder vir a fazer compras importantes e estão menos otimistas quanto à evolução da economia do país.

Perante este cenário, sinalizam mais atenção à poupança: dizem que a sua capacidade para poupar neste momento melhorou, e estabilizaram a confiança quanto à possibilidade de continuar a poupar no futuro.

Este sentimento é reforçado por uma perspetiva menos negativa sobre a evolução do desemprego e dos preços, o que pode ajudar a compreender porque é que os consumidores sinalizam que conseguem poupar mais.


O indicador de confiança dos consumidores recuou assim para os -7,2 pontos no período de novembro a janeiro. Há três meses consecutivos que a média móvel deste indicador piora. Ainda assim, está longe de revelar um pessimismo acentuado: a média para este indicador é de -18 pontos, o que mostra que o nível atual ainda não está no vermelho. Os níveis de confiança estão agora no mesmo patamar que estavam em abril de 2017.

Empresários também estão menos positivos

Do lado dos empresários, a confiança também está a esmorecer. Na indústria transformadora, comércio, construção e obras públicas o otimismo é menor. E essa perda de confiança verifica-se tanto quando é avaliada a situação atual, como quando se olha para o futuro, seja para a carteira de encomendas, seja para a perspetivas de vendas.

A exceção é o setor dos serviços, que reforçou a confiança, seja sobre a avaliação do presente, seja sobre as perspetivas futuras.

Ainda assim, o indicador de clima económico, composto pela evolução do sentimento dos empresários e dos consumidores, degradou-se. Os dados mostram uma redução pelo terceiro mês consecutivo (numa análise de médias móveis de três meses, para alisar o indicador e revelar melhor as tendências), para 2,1 pontos, um valor ao mesmo nível do que se verificava em março do ano passado.

Os resultados dos inquéritos de conjuntura reforçam assim a perspetiva de abrandamento económico que se tem vindo a instalar desde a segunda metade de 2018. Tanto os organismos internacionais, como o Governo têm vindo a avisar para uma nova fase do ciclo económico, de crescimento mais lento.

(Notícia atualizada às 10:40)
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