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Portugal entre os países da OCDE com maior crescimento no arranque do ano

Entre os países da organização já com dados disponíveis, Portugal surge entre os que registou um crescimento mais robusto da economia, tanto em termos homólogos como em cadeia.

O Ministério das Finanças fala em “reforços para regularizar pagamentos em atraso a entidades externas”.
Pedro Catarino
23 de Maio de 2023 às 11:41
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Portugal foi o segundo país da OCDE que registou o maior crescimento no primeiro trimestre deste ano, face aos últimos três meses do ano passado, com uma variação de 1,6%. Os dados divulgados esta terça-feira mostram que apenas a Polónia teve uma variação em cadeia mais robusta, de 3,9%.

O país já aparecia entre os que tinham apresentado um dos crescimentos mais expressivos na Zona Euro e na União Europeia. Agora acontece o mesmo com os Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) para os quais existem dados disponíveis para os primeiros três meses do ano.



Em termos homólogos, o país também teve um dos melhores desempenhos entre os países da OCDE, aparecendo na sétima posição, com um crescimento de 2,5%.

No conjunto da organização sediada em Paris, o produto interno bruto (PIB) aumentou apenas 0,4% em cadeia no primeiro trimestre de 2023, "ligeiramente acima do crescimento de 0,2% no trimestre anterior, de acordo com estimativas provisórias", indica a organização, acrescentando que "as taxas de crescimento trimestrais da OCDE têm sido fracas desde o primeiro trimestre de 2022."

No grupo dos países mais ricos – o G7 –, o "crescimento do PIB permaneceu em 0,3% no 1.º trimestre de 2023", tendo recuperado "no Canadá, Japão e França (para 0,6%, 0,4% e 0,2%, respetivamente). A organização indica que "o crescimento também acelerou na Itália, para 0,5% após uma contração de 0,1% no 4.º trimestre de 2022 e estabilizaram na Alemanha após uma contração de 0,5%. No entanto, o crescimento do PIB abrandou nos Estados Unidos (para 0,3%, em comparação com 0,6%) e manteve-se inalterado no Reino Unido, em 0,1%".

Dos países com dados publicados, a OCDE aponta alguns dos maiores contributos que impulsionaram as variações do PIB. No Japão, por exemplo, o crescimento do PIB no 1.º trimestre de 2023 teve por base o um aumento de 0,7% na procura interna, mas "uma nova queda nas exportações líquidas pesou sobre o crescimento", refere a organização.

Já em França, as "exportações líquidas foram o principal motor do crescimento, refletindo um aumento de 1,1% nas exportações e uma queda de 0,6% nas importações. Nos Estados Unidos, o crescimento mais lento do PIB refletiu a diminuição dos stocks, apesar de uma aceleração do crescimento do consumo privado (para 0,9% no 1º trimestre de 2023, em comparação com 0,3% no trimestre anterior)".

No Reino Unido, "a diminuição das despesas públicas e o aumento do défice comercial atenuaram o crescimento. Em Itália, "o crescimento do PIB foi suportado pelos contributos da procura interna e das exportações líquidas, enquanto na Alemanha o investimento e as exportações aumentaram, enquanto o consumo privado e a despesa pública diminuíram."

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