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PIB desacelera para 2,1% no terceiro trimestre, confirma INE

O ministro das Finanças, Mário Centeno, reafirmou a 15 de Outubro a meta de crescimento de 2,3% para 2018. Objectivo fica mais difícil de alcançar.

Lusa
30 de Novembro de 2018 às 11:02
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O crescimento da economia portuguesa desacelerou para 2,1% em termos homólogos, no terceiro trimestre do ano, com uma travagem do consumo privado, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos trimestrais, o ritmo de crescimento do PIB baixou três décimas, para 0,3%.

Os números foram ao encontro do valor que já tinha sido apurado, numa estimativa rápida, publicada a 14 de Novembro. A ideia de que dificilmente a actividade económica atingirá a meta de 2,3%, definida pelo Governo, sai reforçada.

O ritmo da actividade económica registada entre Julho e Setembro foi o mais baixo do ano, e também o menor desde o segundo trimestre de 2016, mostram os dados do INE.

A travagem verificada deveu-se a um abrandamento da procura interna, motivado por menos consumo. Tanto o consumo privado, como o consumo público tiveram um crescimento menos expressivo no terceiro trimestre, mas a maior diferença verificou-se no consumo privado: depois de ter avançado 2,7% em termos homólogos no período de Abril a Junho, abrandou para 2,3% entre Julho e Setembro.

Conforme explica o INE, as famílias travaram sobretudo a compra de bens duradouros, enquanto os bens não duradouros, onde se inclui, por exemplo, a alimentação, registaram um ritmo de crescimento apenas ligeiramente menor.

Investimento em material de transporte dispara

Já o investimento, outra componente da procura interna, manteve o mesmo ritmo de crescimento homólogo que tinha conseguido registar no trimestre anterior: 4,4%. Mas embora o ritmo de crescimento do total seja o mesmo, o tipo de investimentos feito variou significativamente.

Os dados do INE mostram que o investimento em material de transporte disparou: passou de uma contracção de 5,6% em termos homólogos no segundo trimestre, para um crescimento de 9,3% no terceiro. Foi, aliás, este crescimento acentuado que permitiu compensar o abrandamento registado nos outros tipos de investimento. Máquinas e equipamentos, construção e propriedade intelectual abrandaram todos.

Exportações e importações crescem menos

Do lado da procura externa, o abrandamento do ritmo de crescimento tanto das exportações, como das importações, foi evidente - o INE fala mesmo em "desaceleração  Se no primeiro semestre do ano as vendas ao exterior cresceram a uma média de 6%, no terceiro trimestre o avanço ficou-se pelos 3,1%, quase metade do ritmo. Nas importações, a tendência foi a mesma, tendo o crescimento do terceiro trimestre ficado em 3,5%.

Ainda assim, o contributo da procura externa líquida foi menos negativo do que o que se tinha verificado na primeira metade do ano: 0,3 pontos percentuais, contra 0,4 pontos entre Janeiro e Junho.

(Notícia actualizada pela última vez às 11h54)
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