Notícia
Fórum para a Competitividade vê PIB a crescer menos que a meta do Governo
A economia deverá crescer menos de 2,3% este ano, desacelerando face aos 2,8% registados em 2017.
A economia vai crescer entre 2,1% a 2,2% este ano, abaixo dos 2,3% previstos pelo Governo. Quem o diz é o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de Novembro publicada esta terça-feira, 4 de Dezembro. A maior parte das instituições prevê 2,2%.
Depois da travagem do terceiro trimestre, dificilmente a economia portuguesa conseguirá atingir o crescimento de 2,3%, em termos homólogos, com que o Executivo desenhou o Orçamento do Estado para 2018. A maior parte das instituições já aponta para os 2,2%, tal como passou a prever o Fundo Monetário Internacional (FMI) na semana passada.
O FMI era um dos que acreditava na meta do Governo, mas os números de Julho a Setembro mexeram nas contas. "O crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2,1%, em termos homólogos, sugere uma desaceleração", escreveram os técnicos de Washington, referindo que a travagem reflecte "largamente" o menor ritmo de crescimento das exportações e do investimento.
Pela mesma linha segue o economista Pedro Braz Teixeira, director do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, que dramatiza a travagem das vendas ao exterior. "O PIB do 3º trimestre desacelerou, de 2,4% para 2,1%, em larga medida pela desaceleração muito forte das exportaçõe", escreve, referindo que "uma tão forte desaceleração das exportações é um mau sinal".
A principal preocupação é que esta desaceleração se mantenha nos próximos trimestres. "A tendência de abrandamento da actividade deverá prosseguir nos próximos trimestres", antecipa o Fórum. Mesmo que o consumo privado compense parcialmente, isso trará uma "composição pouco saudável" para o crescimento económico.
O menor crescimento das exportações poderá ter também consequência do lado dos desequilíbrios externos, em particular na balança comercial de bens e serviços. "Até Setembro de 2018, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 463 milhões de euros, quando no período homólogo de 2017 se tinha registado um superavit de 1.576 milhões", nota o Fórum.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.
Depois da travagem do terceiro trimestre, dificilmente a economia portuguesa conseguirá atingir o crescimento de 2,3%, em termos homólogos, com que o Executivo desenhou o Orçamento do Estado para 2018. A maior parte das instituições já aponta para os 2,2%, tal como passou a prever o Fundo Monetário Internacional (FMI) na semana passada.
Pela mesma linha segue o economista Pedro Braz Teixeira, director do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, que dramatiza a travagem das vendas ao exterior. "O PIB do 3º trimestre desacelerou, de 2,4% para 2,1%, em larga medida pela desaceleração muito forte das exportaçõe", escreve, referindo que "uma tão forte desaceleração das exportações é um mau sinal".
A principal preocupação é que esta desaceleração se mantenha nos próximos trimestres. "A tendência de abrandamento da actividade deverá prosseguir nos próximos trimestres", antecipa o Fórum. Mesmo que o consumo privado compense parcialmente, isso trará uma "composição pouco saudável" para o crescimento económico.
O menor crescimento das exportações poderá ter também consequência do lado dos desequilíbrios externos, em particular na balança comercial de bens e serviços. "Até Setembro de 2018, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 463 milhões de euros, quando no período homólogo de 2017 se tinha registado um superavit de 1.576 milhões", nota o Fórum.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.