Notícia
INE: Queda de 10% das exportações para o Reino Unido tira 0,3 pontos ao PIB português
O impacto de uma redução de 10% das exportações portuguesas para o Reino Unido causará mossa no PIB, antecipa o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com o Brexit à porta, uma das questões que se coloca é o impacto da redução das trocas entre Portugal e o Reino Unido, dado que é um dos principais parceiros comerciais da economia nacional.
Com base num modelo que relaciona as várias componentes económicas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) antecipa esta sexta-feira, 30 de Novembro, que uma redução de 10% das exportações portuguesas para o Reino Unido signifique automaticamente uma redução de 0,3 pontos percentuais do PIB. Mas o impacto pode ser bem maior.
"No contexto da saída do Reino Unido da União Europeia, tem-se questionado qual o impacto na economia portuguesa, nomeadamente por via da redução das exportações de bens e serviços, tanto mais que aquele país é um importante cliente de Portugal, em particular no turismo", começa por explicar o gabinete de estatística.
O INE usou o modelo input-output para, "tendo conta um conjunto de hipóteses e condicionantes", obter resultados quantitativos sobre o potencial impacto.
A estimativa, que tem como base números de 2015 e 2016, conclui que "uma redução uniforme de 10% das exportações de bens e serviços para o Reino Unido traduz-se numa diminuição de 0,26% do PIB português".
"Os resultados incluem efeitos directos e indirectos internos, por via da interdependência dos ramos de actividade", assinala o INE. Contudo, não estão incluídos os efeitos indirectos sobre a economia nacional que resultam dos impactos do Brexit sobre os principais parceiros comerciais de Portugal.
Ou seja, não se inclui nesta estimativa o impacto que a saída do Reino Unido da União Europeia terá noutros países europeus que, por sua vez, também são importantes parceiros comerciais de Portugal. A inclusão deste efeito poderá fazer com que o impacto seja ainda maior.
Estimativas do impacto dependem do acordo final
Têm sido muitas as estimativas feitas para tentar prever o impacto do Brexit. No entanto, esse impacto depende essencialmente do acordo final que for firmado entre o Reino Unido e a União Europeia - algo que ainda está em aberto. Isto é, da integração que as duas economias vão ter após 2020, altura em que a saída deverá efectivamente acontecer a nível económico.
Um estudo da Ernest & Young e Augusto Mateus Associados, divulgado em Outubro deste ano, antecipava que um "mau Brexit" (em que há um corte nas relações económicas com a União Europeia) poderá cortar até um quarto das exportações portuguesa para território britânico. Ou seja, a queda das vendas de bens e serviços portugueses para o Reino Unido pode ser de 25%.
Em 2017, a seguradora Euler Hermes, accionista da COSEC, antecipava uma quebra de 0,1 pontos percentuais ao ano até 2021 no PIB português devido ao Brexit.
Em 2016, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipava que o Brexit pode levar a uma queda de até 0,5 pontos percentuais no PIB nacional.
Com base num modelo que relaciona as várias componentes económicas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) antecipa esta sexta-feira, 30 de Novembro, que uma redução de 10% das exportações portuguesas para o Reino Unido signifique automaticamente uma redução de 0,3 pontos percentuais do PIB. Mas o impacto pode ser bem maior.
O INE usou o modelo input-output para, "tendo conta um conjunto de hipóteses e condicionantes", obter resultados quantitativos sobre o potencial impacto.
A estimativa, que tem como base números de 2015 e 2016, conclui que "uma redução uniforme de 10% das exportações de bens e serviços para o Reino Unido traduz-se numa diminuição de 0,26% do PIB português".
"Os resultados incluem efeitos directos e indirectos internos, por via da interdependência dos ramos de actividade", assinala o INE. Contudo, não estão incluídos os efeitos indirectos sobre a economia nacional que resultam dos impactos do Brexit sobre os principais parceiros comerciais de Portugal.
Ou seja, não se inclui nesta estimativa o impacto que a saída do Reino Unido da União Europeia terá noutros países europeus que, por sua vez, também são importantes parceiros comerciais de Portugal. A inclusão deste efeito poderá fazer com que o impacto seja ainda maior.
Estimativas do impacto dependem do acordo final
Têm sido muitas as estimativas feitas para tentar prever o impacto do Brexit. No entanto, esse impacto depende essencialmente do acordo final que for firmado entre o Reino Unido e a União Europeia - algo que ainda está em aberto. Isto é, da integração que as duas economias vão ter após 2020, altura em que a saída deverá efectivamente acontecer a nível económico.
Um estudo da Ernest & Young e Augusto Mateus Associados, divulgado em Outubro deste ano, antecipava que um "mau Brexit" (em que há um corte nas relações económicas com a União Europeia) poderá cortar até um quarto das exportações portuguesa para território britânico. Ou seja, a queda das vendas de bens e serviços portugueses para o Reino Unido pode ser de 25%.
Em 2017, a seguradora Euler Hermes, accionista da COSEC, antecipava uma quebra de 0,1 pontos percentuais ao ano até 2021 no PIB português devido ao Brexit.
Em 2016, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipava que o Brexit pode levar a uma queda de até 0,5 pontos percentuais no PIB nacional.