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Pior cenário do Brexit é mais penalizador do que a crise financeira mundial

A advertência é do Banco de Inglaterra. Na sua avaliação aos riscos da saída do Reino Unido do bloco europeu, o banco central britânico diz que a economia do país pode ser mais abalada pelos efeitos do Brexit do que quando foi atingida pela crise financeira global. Isto se optar por uma saída "desordenada" em Março do próximo ano.

Reuters
28 de Novembro de 2018 às 19:18
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O cenário de não-acordo entre Londres e Bruxelas sobre os termos da saída dos britânicos da União Europeia, que se traduziria na chamada "saída desordenada", poderá ser mais penoso para o Reino Unido do que quando sofreu os efeitos da crise financeira mundial.

 

A conclusão é do Banco de Inglaterra (BoE), na sua avaliação ao impacto do Brexit sobre a economia do país.

 

Diz a instituição liderada por Mark Carney que este cenário – que é o pior, entre os avaliados pelo banco central – poderá levar a uma contracção de 8% da economia britânica em apenas um ano, o que compara com os 6,25% de aquando da crise financeira de 2007-2009.

 

Isto à conta de atrasos nas fronteiras e da perda de confiança dos mercados financeiros nas instituições britânicas, sublinha o relatório do BoE.

 

Já a taxa de desemprego poderá subir para 7,5% se não houver um consenso até Março do próximo ano – mês limite para a chamada "saída limpa".

Um Brexit "meramente diruptivo", em que os produtos continuem a circular entre fronteiras mas enfrentando tarifas aduaneiras e o não-reconhecimento de padrões, seria o bastante para uma queda de 3% do PIB, assinala ainda o estudo do BoE, citado pela Reuters.

Este cenário de "saída desordenada" não é o que o banco central britânico vê como mais provável, mas constitui um desfecho plausível. 

Depois de a União Europeia ter aprovado o acordo para o Brexit, na cimeira extraordinária realizada no passado domingo, 25 de Novembro, as atenções estão agora centradas no parlamento britânico.

 

Já se esperava que este acordo tivesse luz verde ao nível da UE, mas as dificuldades que a primeira-ministra britânica enfrentará no Reino Unido continuam a centrar as atenções dos investidores.

 

Theresa May terá de convencer o parlamento britânico a aprovar o acordo – os deputados, que deverão votar o acordo em Dezembro estão maioritariamente contra - antes de entrar em vigor a 30 de Março de 2019, um dia depois da saída do Reino Unido do bloco europeu.

 

Já há data para o parlamento britânico votar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia: dia 11 de Dezembro.

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