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Plano do Brexit de May corta até 4% do PIB do Reino Unido

Se a saída do Reino Unido da UE assentasse no plano proposto por Theresa May e prontamente rejeitado por Bruxelas, as autoridades britânicas estimam um impacto de até 3,9% após 15 anos. Contudo, num cenário de não acordo, o impacto negativo sobre o produto britânico pode superar os 9%.

Reuters
28 de Novembro de 2018 às 15:49
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Não parece haver volta a dar, o Reino Unido vai empobrecer com a saída da União Europeia. De acordo com uma análise feita pelo Tesouro britânico divulgada esta quarta-feira, 28 de Novembro, se o Brexit se concretizasse enquadrado pelos pressupostos de saída propostos pela primeira-ministra Theresa May (Plano Chequers), o PIB do Reino Unido poderia encolher até 3,9% ao longo de 15 anos.


Porém e como vem sendo defendido há longos meses, um cenário de não acordo, em que o Brexit aconteceria num vazio legal, poderia cortar até 9,3% à economia britânica.

Perante a dificuldade para recolher os apoios necessários à aprovação do acordo alcançado com a União Europeia na Câmara dos Comuns, Theresa May defende que "o nosso acordo é o melhor acordo para proteger empregos e a nossa economia".


Recorde-se que o Plano Chequers – em que May propunha um mercado único focado em apenas alguns bens – foi recusado pelos restantes 27 Estados-membros da União.

No próximo dia 11 de Dezembro, os deputados britânicos votam o tratado jurídico que concretiza os termos legais da saída bem como a declaração política não vinculativa que enquadra os pilares que devem nortear a futura relação económica e comercial entre os dois blocos económicos.


O estudo feito pelo Tesouro do Reino Unido estima ainda num corte de 6,7% do PIB britânico se depois de concretizado o Brexit Londres e Bruxelas estabelecer um acordo de livre comércio. Já analisando um conjunto de cenários alternativos para a relação comercial entre os dois blocos, o governo britânico aponta para uma quebra de até 2,5% do produto do Reino Unido.


A proposta de May incluía a possibilidade de Londres negociar acordos bilaterais de comércio logo após 29 de Março de 2019, data agendada para o Brexit, pese embora os mesmos só pudessem entrar em vigor depois de concluído o período de transição de 21 meses. Contudo, o acordo que está para votação no parlamento britânico, e que foi já aprovado pelos 27 da UE, impede que o Reino Unido negoceie quaisquer tipos de acordos antes do fim da transição.

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