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Montepio revê em alta previsões para o PIB em 2016
Apesar do bom desempenho no terceiro trimestre, o Montepio não mexeu na sua previsão para 2017.
Momentos depois de o INE anunciar que o PIB de Portugal tinha crescido 1,6% no terceiro trimestre, face ao período homólogo, o Ministério das Finanças afirmou que este desempenho implicaria uma "revisão em alta dos números divulgados por várias instituições".
Uma das primeiras foi o Departamento de Estudos do Montepio, que esta segunda-feira, 21 de Novembro, acrescentou duas décimas à sua estimativa de crescimento do PIB para este ano. Estima agora uma expansão de 1,2% este ano, em linha com a estimativa que o Governo inseriu na proposta do Orçamento do Estado.
"Reflectindo o facto de os dados do PIB terem ficado acima do esperado, revimos, em alta, o crescimento de 2016 de 1,0% para 1,2%, valor que é consistente com crescimentos em cadeia entre 0,0% e 0,3% no quarto trimestre", refere o Montepio no seu relatório semanal.
Acrescenta que "a economia deverá voltar a ser suportada em 2016 apenas pela procura interna, antecipando-se que o consumo privado cresça 2,1% e o consumo público 1,0%, prevendo-se que a FBCF contraia 1,0%, depois de ter crescido uns robustos 4,5% em 2015, enquanto as exportações líquidas deverão apresentar um contributo nulo (revisto do anterior contributo negativo) e a variação de existências um contributo sensivelmente nulo".
O bom desempenho no terceiro trimestre não foi suficiente para ter implicações na estimativa de crescimento para 2017, com o Montepio a continuar a apontar para uma expansão de 1,5%.
"Para 2017, mantemos a nossa previsão de um crescimento do PIB de 1.5%, mas observando-se uma redução dos riscos descendentes. Antecipa-se uma subida da FBCF de 3,6% em 2017, ao contrário do sucedido em 2016, suportada pelos financiamentos por parte de fundos comunitários (v.g. Plano Junker), alguma recuperação da construção e continuação da recuperação do investimento empresarial em equipamentos)", refere o Montepio, apontando ainda para "um abrandamento do consumo privado (+2,1% em 2016 e +1,6% em 2017), condicionado pela subida dos preços da energia e pelo abrandamento do consumo de bens duradouros".
Aqui pode ver as reacções de vários economistas aos números do PIB no terceiro trimestre.