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Finanças: crescimento do PIB “implicará revisão em alta dos números divulgados por várias instituições”

Para o Governo, os dados publicados hoje pelo INE obrigarão várias instituições a reverem em alta as suas previsões económicas para a totalidade do ano. Na semana passada, a Comissão Europeia disse esperar um crescimento de apenas 0,9% este ano.

Mário Centeno
15 de Novembro de 2016 às 12:02
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O Ministério das Finanças diz que, embora os números do crescimento da economia no terceiro trimestre sejam "excelentes noticias para todos os agentes económicos", os dados "não surpreendem".

 

Num comunicado enviado às redacções, as Finanças argumentam que os indicadores mais finos já apontavam para "uma aceleração da actividade económica", fruto das "políticas orçamentais e económicas adoptadas e a estabilidade política", que têm "têm promovido junto dos empresários e trabalhadores portugueses as condições necessárias à recuperação económica do país".

Recorde-se que esta manhã o INE anunciou que o PIB português registou uma variação homóloga de 1,6% entre Julho e Setembro, uma aceleração significativa face aos 0,9% dos dois trimestres anteriores e bem acima das estimativas dos analistas. Em cadeia, a economia avançou 0,8%, o melhor resultado em quase três anos e o valor mais alto da Zona Euro. "Apraz-nos registar que Portugal foi o país que exibiu não só o maior crescimento económico, mas, também, a maior aceleração", sublinha o ministério liderado por Mário Centeno.

O Governo antecipa que estes novos dados impliquem "uma revisão em alta dos últimos números divulgados por várias instituições". A frase pode ser uma referência à Comissão Europeia. Na semana passada, Bruxelas reviu em baixa a previsão de crescimento deste ano em Portugal de 1,5% para 0,9%. Em reacção a estes dados, António Costa já tinha dito que as previsões eram "boas", mas "para a semana ainda são melhores". 


O comunicado das Finanças destaca também os desenvolvimentos positivos do mercado de trabalho, prometendo "acelerar a inversão na confiança".

Segundo o INE, o crescimento de 1,6% no terceiro trimestre foi motivado por uma aceleração das exportações que ultrapassou as importações. A procura interna, embora tenha sido menos relevante, também deu uma ajuda, nomeadamente a vertente dos bens não duradouros. 

"A solidez das contas públicas, a melhoria das condições do mercado de trabalho e o investimento na educação e na inovação são condições necessárias para o crescimento económico", conclui o Governo. "O esforço das empresas e trabalhadores portugueses está a consolidar o sucesso da economia. Isto mesmo é revelado no crescimento harmonioso do consumo privado e das exportações."


(Notícia actualizada às 12h15 com mais informação)

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